O contrato que teria sido assinado pelo então primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE) está sendo analisado pela Polícia Federal (PF). Segundo a assessoria da PF, o documento – que prorrogaria o contrato da Câmara com um dos restaurantes da Casa, o Fiorella – não é original.
Mesmo assim, segundo a PF, é possível identificar a autenticidade do documento. De acordo com a polícia, o laudo sai até quinta-feira (15).
Garçom confirma
Único dos três garçons do restaurante Fiorella a falar à imprensa, José Ribamar disse ter confirmado “tudo o que já foi dito para a imprensa” em depoimento na Polícia Federal, nesta segunda-feira. Segundo Ribamar, a filha do empresário Sebastião Buani, Gisele, pedia aos funcionários mais antigos que levassem envelopes de dinheiro ao gabinete da Primeira Secretaria da Câmara dos Deputados entre 2002 e 2003, período em que o atual presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), era o primeiro-secretário.
– No final do dia, mandavam a gente para o gabinete do deputado Severino Cavalcanti. A Gisele falava para a gente ter cuidado com o envelope porque havia dinheiro. E recomendava entregar o material diretamente para a secretária do Severino – contou Ribamar.
Sebastião Buani acusa o deputado de ter cobrado propina para que fosse mantida a concessão do restaurante Fiorella, no 10º andar da Câmara dos Deputados.