A Polícia Federal cumpriu nesta segunda-feira quatro mandados de busca e apreensão contra Júlio Lopes, ex-secretário de Transportes do Rio de Janeiro e ex-deputado federal, em mais uma etapa da Lava Jato no Estado.
Por Redação, com agências de notícias – do Rio de Janeiro
A Polícia Federal cumpriu nesta segunda-feira quatro mandados de busca e apreensão contra Júlio Lopes, ex-secretário de Transportes do Rio de Janeiro e ex-deputado federal, em mais uma etapa da Lava Jato no Estado.

Agentes da Polícia Federal cumpriram quatro mandados de busca e apreensão com apoio da Receita Federal.
A operação, liderada por agentes da Delegacia contra a Corrupção e Crimes Financeiros, foi batizada de Fim do Túnel, informa o portal G1.
As investigações, que fazem parte de desdobramentos de operações anteriores, buscam apurar o esquema de pagamento de propina ao governo do Estado por empresa envolvida nas obras da linha 4 do metrô fluminense, assim como por empresários dos setores rodoviário e da Saúde.
Pagamentos de propina
Entre os endereços alvos das investigações, que contam com o apoio da Receita Federal, está a casa de Júlio Lopes e um escritório de advocacia relacionado a ele.
O ex-secretário foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), que alega a existência de fortes indícios de pagamentos de propina feitos por Lopes, que ocupou o cargo entre 2010 e 2014.
Os materiais apreendidos pela operação vão ser analisados e, caso as suspeitas sejam confirmadas, os investigados podem ser acusados pelos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Balas perdidas
Baleadas durante um tiroteio na noite passada, duas crianças morreram em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Emilly Victoria, de 4 anos, e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7, brincavam na porta de casa quando foram atingidas por balas disparadas por traficantes, segundo a Polícia Militar.
“Não houve disparos por parte dos policiais militares”, afirmou o comando da PM, em nota neste sábado. As pequenas vítimas foram levadas por moradores para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro de Sarapuí mas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, já chegaram mortas à unidade médica. Os tiros acertaram as primas Emilly na cabeça e Rebeca, no tórax.
Justiça
De acordo com o depoimento de familiares das crianças, a polícia estava envolvida na troca de tiros, o que a corporação nega. Segundo eles, os policiais teriam atirado contra dois homens que estavam em uma moto. Ainda na nota, a Polícia Militar diz que uma equipe fazia patrulhamento na região quando foram ouvidos disparos de armas de fogo.
— Esses policiais causaram uma tragédia em nossa família. Que preparo é esse que eles têm? O que vemos é os bandidos crescerem e nossas crianças morrerem. Vamos correr atrás por justiça — disse o pai de Rebeca, Maycon Douglas Moreira Santos.
A avó da menina, Lídia da Silva Moreira Santos, conta que chegava do trabalho quando viu a Emilly baleada na cabeça e sem vida. Entrou em casa e viu Rebeca no chão. Ao perceber que a neta ainda respirava, ela prestou os primeiros socorros e a levou para a UPA.
— Que ser humano é esse que atira em crianças brincando na porta de casa? Nada vai trazer elas de volta, mas queremos justiça. A nossa vida acabou. Moramos neste local há 19 anos e nunca vi isso acontecer — concluiu Lídia.