A Polícia Federal rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Agentes da Polícia Federal estiveram, desde as 6h15 desta quinta-feira, cumprindo mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Zezé Perrela (PMDB-MG) e do deputado Rocha Loures (PMDB-PR). Os agentes chegaram em seis carros e, neste momento, o acesso ao Anexo 1 do Congresso Nacional está restrito.
No início da noite anterior, o jornal O Globo publicou reportagem, segundo a qual, em uma gravação de delação, o dono do grupo JBS, Joesley Batista. Diz que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), teria pedido R$ 2 milhões ao empresário.
O dinheiro teria sido entregue a um primo de Aécio. A reportagem diz ainda que a entrega foi registrada em vídeo pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella.
A assessoria de Aécio Neves divulgou nota na quarta-feira na qual diz que o senador “está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista. Ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários”.
Corrupção
Também na noite de quarta, a assessoria do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Informou que o deputado está em Nova York e tem retorno programado para hoje. A nota diz que em seu retorno, o deputado deverá se inteirar e esclarecer os fatos divulgados.
De acordo com o jornal O Globo. O deputado foi indicado pelo presidente de facto Michel Temer como interlocutor para solucionar um problema da JBS. Posteriormente, Rocha Loures teria sido filmado recebendo R$ 500 mil.
Segundo o jornal, ainda não há confirmação de que a delação do empresário tenha sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).