A Polícia Federal (PF) realizou, nesta quarta-feira, uma operação no Senado, na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no Departamento Nacional de Produção Mineral e em ministérios em Brasília. O objetivo da Operação Mão-de-Obra é desmontar uma quadrilha acusada de fraudar licitações na área de contratação de pessoal para serviços terceirizados do governo. De acordo com a PF, foram efetuadas seis prisões.
Foram presos um servidor público, três empresários – um estava em Minas e outro em São Paulo, mas são de Brasília – e dois funcionários de empresas de prestação de serviços.
De acordo com a investigação realizada pela PF, em conjunto com o Ministério Público Federal, a quadrilha realizava acertos para “lotear” grandes licitações de órgãos públicos. Os empresários combinavam previamente o resultado, definindo os vencedores e causando prejuízo ao erário público.
Eles contavam com a colaboração de servidores públicos que passavam informações privilegiadas ou atuavam de forma a atender os interesses dos empresários na confecção de editais das concorrências. A ação desta quarta foi um desdobramento da operação Sentinela, realizada pela Polícia Federal em dezembro de 2004.
Além das prisões, os 170 policiais federais que participaram da operação cumpriram 30 mandados de busca e apreensão nas empresas investigadas, em órgãos públicos e residências. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz José Airton de Aguiar Portela, da 12ª Vara Federal. Contra os presos são imputados os crimes de fraude a licitações, formação de cartel, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, dentre outros.