PF faz operação contra fraudes no auxílio emergencial

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Publicado Quinta, 05 de Agosto de 2021 às 07:26, por: CdB

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Voitheia II, de combate a fraudes na concessão dos benefícios emergenciais, pagos a parte da população em situação de vulnerabilidade durante pandemia.

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Voitheia II, de combate a fraudes na concessão dos benefícios emergenciais, pagos a parte da população em situação de vulnerabilidade durante pandemia.
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Polícia Federal faz operação contra fraudes no auxílio emergencial
Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro. Também há ordem judicial de sequestro dos bens dos investigados. As ações, que contam com 60 agentes federais, ocorrem no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e Minas Gerais.

Organização criminosa

A estimativa é de que cerca de 5 mil benefícios do auxílio emergencial foram fraudados pela organização criminosa. A investigação é feita pelo grupo de trabalho Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial, que tem participação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, do Ministério da Cidadania, da Caixa, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União. Na primeira fase da Operação Voitheia, deflagrada no dia 7 de abril, foram presas duas pessoas em flagrante e dois menores de idade foram apreendidos. Eles fraudavam os benefícios pela Internet e fizeram vítimas em todo o país. Voitheia significa ajuda em grego.

Desvio de recursos públicos

Um esquema de fraude em licitações, lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa envolvendo recursos públicos federais, no período de 2013, e 2020 foi o alvo da Operação Matrioska, da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira. Os suspeitos têm atuação na região de Russas (CE) e há indícios de participação de empresários, políticos, servidores públicos e laranjas ou testas de ferro. Na ação, cerca de 140 policiais federais e dez auditores da Controladoria-Geral da União estão cumprindo 30 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 15ª Vara da Justiça Federal de Limoeiro do Norte (CE), nas cidades de Fortaleza, Icapuí, Cascavel e Russas (CE), além de Caçapava do Sul (RS) e Brasília (DF).Valores ilícitos nas contas dos investigados estão sendo bloqueados.

Histórico

Segundo a PF, as investigações tiveram início em 2017, em decorrência de dados apurados na Operação Hora do Lanche, deflagrada em 2015. Com o aprofundamento das investigações e análises de dados fiscais e bancários dos envolvidos, a PF e a CGU levantaram indícios de atuação de esquema criminoso para fraudar ou direcionar licitações em Russas (CE), envolvendo recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O esquema envolve empresas de fachada e outras que mantinham ligação com um empresário suspeito naquele município. Por meio de laranjas ou interpostos financeiros, ele, servidores públicos e políticos se beneficiavam desse esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. Além da atuação de servidores públicos, secretários municipais, políticos de Russas e de outros municípios em esquema de pagamentos de propinas, há suspeita de participação no esquema de integrantes de facções criminosas que atuam em âmbito nacional. Os indiciados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de fraude em licitações, lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa. O termo matrioska é alusão às bonecas russas e remete à complexidade da teia criminosa investigada. As investigações continuam, com análise do material apreendido na operação policial.
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