PF prende ex-ministro do Turismo em Natal

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Publicado terça-feira, 6 de junho de 2017 as 10:44, por: CdB

De acordo com a PF, o caso é consequência da análise de provas colhidas em várias etapas da Operação Lava Jato, em especial as decorrentes das quebras dos sigilos

Por Redação, com ABr – de Brasília:

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta terça-feira, em Natal, durante Operação Manus, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ), suspeito de corrupção e lavagem dinheiro por participar de desvios nas obras de construção da Arena das Dunas, sede da Copa do Mundo de 2014 na capital potiguar. As fraudes somariam R$ 77 milhões.

De acordo com a PF, o caso é consequência da análise de provas colhidas em várias etapas da Operação Lava Jato

Outras quatro pessoas tiveram mandados de prisão preventiva expedidos contra elas. Incluindo o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Que já se encontra preso no Complexo Médico de Pinhais, em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato.

De acordo com a PF, o caso é consequência da análise de provas colhidas em várias etapas da Operação Lava Jato. Em especial as decorrentes das quebras dos sigilos bancários e fiscais do envolvidos e dos depoimentos de delatores da empreiteira Odebrecht. Homologados em janeiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os inquéritos que apuram as irregularidades foram abertos no STF. E remetidos há pouco mais de um mês à primeira instância. As investigações focam a atuação de um grupo liderado por Eduardo Cunha que cometia irregularidades nas vice-presidências de Fundos e Loterias e de Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal.

Segundo nota divulgada pela PF. “Foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial. Entre os anos de 2012 e 2014, que, na verdade, consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal”.

MPF

O Ministério Público Federal (MPF) informou ter constatado que os envolvidos possuem contas no exterior. Mesmo com as investigações em curso. Continuam a ocultar mais de R$ 20 milhões em recursos desviados. 

– No caso de Henrique Eduardo Alves. Por exemplo, há relatos da existência de movimentação financeira externa entre os anos de 2011 e 2015. Período em que teriam ocorrido os desvios de recursos do FI-FGTS. Por parte da organização criminosa – diz a nota divulgada pela Procuradoria da República do Distrito Federal.

Em junho do ano passado, Henrique Eduardo Alves, se tornou o terceiro ministro em pouco mais de mês do governo Michel Temer a entregar o cargo. Após denúncias relacionadas à Lava Jato.  À época, ele havia sido citado na delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpreto. Uma das subsidiárias da Petrobras.

O nome da Operação Manus faz referência ao provérbio latino Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat. Que significa “uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra”.