PFL da Bahia deixa de citar Ciro no programa eleitoral

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Publicado Sexta, 20 de Setembro de 2002 às 12:54, por: CdB

A queda nas pesquisas do candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS), teve efeito imediato na campanha dos candidatos do PFL na Bahia, legenda aliada ao ex-governador cearense. Ciro simplesmente foi esquecido por todos seus parceiros de última hora. Os únicos que pediram voto para ele na última semana foi o candidato a deputado federal Colbert Martins do PPS (velho correligionário de Ciro) e Jurandir Oliveira, candidato a deputado estadual pelo minúsculo PST. O nome do candidato da Frente Trabalhista deixou de ser citado pelo candidatos da chapa majoritária do PFL, ao governo baiano, Paulo Souto, e ao Senado, Antonio Carlos Magalhães e César Borges. Com essa postura, o PFL volta à tese defendida por ACM do inicio do ano, de que faria uma campanha estadualizada, já que o partido não tinha candidato à Presidência da República. Os opositores de ACM perceberam isso e passaram a associar a queda de Ciro nas pesquisas ao apoio do grupo de Magalhães. A foto em que o candidato da Frente Trabalhista beija a mão de ACM na última visita que vez a Salvador, quando estava em segundo lugar nas pesquisas, é mostrada constantemente no horário político e a cena batizada de "o beijo da morte". O grupo de ACM, no entanto, permanece na frente das pesquisas de intenção de voto. Na última do Ibope, Souto aparece com 53% contra 16% do segundo colocado, Jacques Wágner do PT. Essa pesquisa, contudo, virou mote para uma batalha de números no horário político. Enquanto o PFL mostra a ampla vantagem de Souto, o PT se pega num detalhe do levantamento, a pesquisa espontânea, para afirmar que a diferença não é tão grande assim. Na espontânea, a soma dos candidatos de oposição chega a 16% enquanto Souto conta com 21%. Outro número mostrado à exaustão pelo PT é o empate em Salvador entre Wágner e Souto que aparecem com 21% das intenções de votos. Para tentar subir mais ainda, Wágner "colou" definitivamente em Lula, que lidera a pesquisa presidencial na Bahia. O programa do PT é recheado com a depoimento de Lula: "Se você vai votar em mim para presidente, vote em Jacques Wágner na Bahia".

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