Sobre o primeiro trimestre de 2015, o PIB, caiu 5,4% de acordo com dados do IBGE
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
A contração da economia brasileira desacelerou nos três primeiros meses deste ano, com queda de 0,3% sobre o período imediatamente anterior, bem menos que o esperado mas marcando o quinto trimestre seguido de contração, diante da menor retração em investimentos produtivos.
Sobre o primeiro trimestre de 2015, o Produto Interno Bruto (PIB), caiu 5,4%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. No quarto trimestre do ano passado, havia recuado 1,3% sobre o trimestre anterior, em número ligeiramente revisado sobre queda de 1,4% informada antes.
Pesquisa da Reuters apontava que a economia teria queda de 0,8% entre janeiro e março na comparação com o trimestre anterior e de 6 por cento sobre o primeiro trimestre de 2015.
Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), medida de investimento, recuou 2,7% no trimestre passado sobre o período imediatamente anterior, quando a queda foi de 4,8%. Sobre o primeiro trimestre de 2015, a retração foi de 17,5%.
Apesar de a queda neste indicador ter desacelerado, foi a maior entre os demais no trimestre passado. Em seguida, veio o consumo das famílias, com queda de 1,7%na comparação com outubro a dezembro passado e de 6,3% sobre um ano antes, em meio ao desemprego elevado e renda em queda.
A indústria, ainda segundo o IBGE, mostrou contração de 1,2% no trimestre, sobre o quarto, e de 7,3% sobre um ano antes.
Apenas o consumo do governo mostrou expansão no trimestre passado, de 1,1% quando comparado com o período anterior, mas marcou queda de 1,4% sobre o primeiro trimestre de 2015.
Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostra projeção de contração do PIB de 3,81% neste ano, com leve recuperação em 2017, com crescimento de 0,55%.
A expectativa da maioria dos economistas era de que a economia se estabilizasse apenas a partir do segundo semestre, ajudada pela alta do dólar frente ao real e pela queda dos estoques das empresas.