Planalto já trabalha com nome de Lula como ameaça direta a Bolsonaro

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Publicado Quinta, 25 de Novembro de 2021 às 11:52, por: CdB

Principal nome da chamada ‘Terceira Via’, o ingresso de Moro na corrida presidencial nos últimos dias não alterou o cenário eleitoral previsto por assessores do mandatário neofascista. O governo tem realizado aferições públicas e se baseia nos resultados obtidos para guiar seus esforços na tentativa de viabilizar o candidato da ultradireita.

Por Redação, com BdF - de Brasília
Diante dos números apresentados por pesquisas encomendadas pelo núcleo político do Palácio do Planalto para a disputa presidencial de 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o nome que ameaça, diretamente, a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Estudos internos do governo, vazados para a mídia conservadora, mostram que o ex-juiz parcial Sérgio Moro, que destruiu a economia brasileira e foi declarado suspeito pela suprema corte, não se viabilizou.
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está liberado para concorrer, mais uma vez, ao Palácio do Planalto
Principal nome da chamada ‘Terceira Via’, o ingresso de Moro na corrida presidencial nos últimos dias não alterou o cenário eleitoral previsto por assessores do mandatário neofascista. O governo tem realizado aferições públicas e se baseia nos resultados obtidos para guiar seus esforços na tentativa de viabilizar o candidato da ultradireita. A principal aposta permanece em um segundo turno entre Bolsonaro e Lula.

Governistas

De acordo com os dados obtidos, Moro alcança uma faixa de 15% a 20% do eleitorado, com apoiadores contrários aos dois principais concorrentes e este seria, segundo o Planalto, o patamar desse eleitorado. O pior cenário previsto pelo governo é aquele no qual o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo leite, seja escolhido pela legenda e o ex-juiz Moro resolva deixar a disputa. O governo, segundo apuração da rede norte-americana de TV CNN, avalia que o voto de Leite concentra-se na centro-esquerda e em um eventual segundo turno migrariam para Lula. “A percepção dos governistas é de que em um cenário em que Leite e Moro estão na disputa, o gaúcho poderia tenderia a ter mais votos até que Moro. Mas no segundo turno os votos de Moro migrariam para Bolsonaro”, diz a emissora. “Não há, porém, percepção de que ambos iriam ao segundo turno. A percepção é que Moro tem um teto na faixa de 15% a 20% pois seu eleitor é identificado como anti-Bolsonaro e anti-Lula e este seria, segundo o Planalto, o patamar desse eleitorado. O Planalto também diz não acreditar que o governador de São Paulo, João Doria, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deslanchem. Interlocutores de Bolsonaro dizem que eles não passariam de 10%”, acrescenta.

Dono do terreiro

Diante da realidade política, na tentativa de se fortalecer junto à direita, Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que não haverá nenhuma coligação do PL, partido ao qual deve se filiar na próxima terça-feira, com siglas de esquerda, e esse foi um dos acordos feitos com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto. Em entrevista a uma rádio de Salvador (BA), o mandatário afirmou que essa questão está entre os pontos acertados com Valdemar para que fosse possível sua filiação. — Conversei há três dias com Valdemar, acertamos nossos ponteiros e estamos bem afinados para, ao realizar essa filiação, começar a falar em política no ano que vem. Não haverá qualquer coligação com partidos de esquerda nesses Estados. Está definitivamente acertado com Valdemar — ressaltou Bolsonaro. Bolsonaro tinha acertado a data de sua filiação para o dia 22 deste mês. No entanto, informações de que Valdemar teria garantido aos filiados que poderiam fazer os seus acordos regionais —vários membros do partido têm hoje acordos com o PT, especialmente no Nordeste e pretendiam mantê-los — o irritaram.
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