Comandante geral da Polícia Militar, o coronel Hudson de Aguiar Miranda disse nesta terça-feira que a PM continuará oferecendo respaldo à presença do Exército nas favelas do Rio. Ele relevou o incidente desta segunda-feira, quando um jovem morreu no Morro da Providência durante um tiroteio envolvendo PMs, militares e traficantes.
– Esse caso é específico. O fato ocorreu numa área militar. Foi instaurado um inquérito policial-militar e o Exército tem que dar uma resposta. Estamos juntos nesse apoio – afirmou o comandante.
Depois dos confrontos entre soldados e marginais, durante a madrugada desta terça-feira, a situação amanheceu aparentemente tranqüila nos morros da Providência e da Mangueira. Cerca de 1.200 homens do Exército permanecem ocupando nove favelas do Rio em busca dos 10 fuzis e da pistola roubados na sexta-feira passada do Estabelecimento Central de Transportes, em São Cristóvão.
Na manhã desta segunda-feira, durante a operação dos militares no Morro da Providência, houve vários tiroteios e a PM foi acionada. À noite, houve troca de tiros entre traficantes na Mangueira, onde também estavam militares. A PM foi mais uma vez acionada. Durante a madrugada, traficantes da Mangueira que estavam numa laje fizeram novos disparos por volta das 3h contra soldados do Exército. Os militares reagiram, mas ninguém se feriu. Os tiros foram disparados no momento da rendição da tropa que ocupou a Mangueira à tarde.
Nesta terça, o contingente de homens do Exército diminuiu no Morro da Providência. Apenas alguns soldados permanecem nos acessos da Rua Barão da Gamboa, mas eles continuam revistando moradores da favela. Há dois dias, a Rua Barão da Gamboa está sem luz e, segundo moradores, a Light alegou que a demora do conserto é pelo fato de o local ser área de risco.