PM prende moradoras que protestavam por água no Maranhão

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Publicado Segunda, 26 de Abril de 2021 às 11:23, por: CdB

A Polícia Militar prendeu duas integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no município de Godofredo Viana (MA). Maria Aldineia e Maria Valdiene participavam de um protesto que denunciava o desabastecimento de água no distrito de Aurizona, em decorrência do rompimento da maior barragem de ouro do país, há um mês.

Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília A Polícia Militar prendeu duas integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) na tarde de domingo no município de Godofredo Viana (MA). Maria Aldineia e Maria Valdiene participavam de um protesto que denunciava o desabastecimento de água no distrito de Aurizona, em decorrência do rompimento da maior barragem de ouro do país, há um mês.
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Vídeo divulgado pelo movimento mostra ação policial que resultou na prisão das duas manifestantes
A barragem da mineradora canadense Equinox Gold, no extremo oeste do Maranhão, a 338 km da capital São Luís, se rompeu no dia 25 de março. A lama com rejeitos de mineração contaminou o rio Tromaí e dificultou o acesso a serviços em vários distritos próximos, bloqueando a estrada que dava acesso a Godofredo Viana.

O rompimento

"O rompimento causou a contaminação das principais fontes de água doce da região, como o reservatório Juiz de Fora, principal fonte de água potável que abastecia diariamente toda a população do distrito de Aurizona, deixando mais de 4 mil habitantes a 30 dias sem acesso à água potável", diz nota publicada pelo MAB também no domingo. Segundo o movimento, a ação da PM que prendeu as militantes foi truculenta e sem justificativas. [embed]https://twitter.com/MAB_Brasil/status/1386409343722024962?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1386409343722024962%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.brasildefato.com.br%2F2021%2F04%2F26%2Fpm-prende-manifestantes-em-protesto-por-agua-apos-rompimento-de-barragem-no-maranhao[/embed] O Brasil de Fato aguarda retorno da PM do Maranhão para comentar a acusação e atualizar o caso. A última informação obtida pela reportagem foi que Maria Aldineia e Maria Valdiene foram levadas ao município de Zé Doca, a 250 km do distrito onde moram, sem direito a receber a visita de advogados.
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