Polícia Civil descarta motivação política na morte de Marcelo Arruda

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Publicado Sexta, 15 de Julho de 2022 às 09:31, por: CdB

A polícia descartou motivação política no caso. Segundo a delegada chefe da Divisão de homicídios, Camila Cecconello, para enquadrar o assassinato como crime político é preciso determinados requisitos, como impedir o dificultar as pessoas de exercerem seus direitos políticos.

Por Redação, com Poder 360 - de Brasília

A Polícia Civil do Paraná indiciou o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho por homicídio duplamente qualificado pela morte do guarda municipal Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Os qualificadores são por motivo torpe e por causar perigo a outras pessoas que estavam no local.
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A polícia descartou motivação política no caso
A corporação concluiu na quinta-feira o inquérito policial que investiga a morte de Arruda, durante sua festa de aniversário de 50 anos, com tema do PT. A polícia descartou motivação política no caso. Segundo a delegada chefe da Divisão de homicídios, Camila Cecconello, para enquadrar o assassinato como crime político é preciso determinados requisitos, como impedir o dificultar as pessoas de exercerem seus direitos políticos. – É complicado dizer que o autor queria impedir de exercer os direitos políticos da vítima – declarou. “A gente avalia que, quando ele chegou ao local, ele não tinha a intenção de fazer disparos, (ele) tinha a intenção de provocar. A escalada da discussão acabou fazendo com que o autor voltasse e praticasse o homicídio. Parece mais uma coisa que acabou virando pessoal entre duas pessoas que discutiram por motivação política.” Ao Poder 360, a defesa da vítima reafirmou que a motivação do crime foi intolerância política. O MP (Ministério Público) tem autonomia para inserir na denúncia outras qualificações ao crime. Guaranho está internado em estado grave, segundo a polícia. De acordo com a investigações, o policial penal fez 4 disparos, e pelo menos 2 atingiram Arruda. A vítima fez 10 disparos, e pelo menos quatro atingiram o policial. Foram ouvidas 17 pessoas, entre elas testemunhas que estavam no local do crime e familiares da vítima e do policial penal. As imagens das câmeras de segurança também foram analisadas.

O caso

O policial penal federal Jorge Guaranho disparou contra o guarda municipal Marcelo Arruda na madrugada do último domingo, em Foz do Iguaçu (PR). De acordo com relatos de amigos de Marcelo aos quais o Poder360 teve acesso em grupos de mensagens, Guaranho teria parado com um carro por volta de 23h30 do último dia 9 em frente ao local onde era realizada a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De dentro do carro, um Hyundai modelo Creta, branco, placa RHR2G14 (do Paraná), Jorge teria gritado contra os presentes na festa. Segundo relatos de amigos de Marcelo, Jorge José teria dito: “É, Bolsonaro. Seus filhos da puta. Seus desgraçados. É o mito!”
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