Polícia deflagra operação contra esquema de 'laranjas' e empresa de fachada

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Publicado Sexta, 27 de Agosto de 2021 às 08:55, por: CdB

 

Segundo a polícia, empresários e suas famílias negociavam imóveis, aeronaves e embarcações usando o nome de outras pessoas como “laranjas”. Essas operações, de acordo com a investigação, tinham como objetivo ocultar dinheiro ganho com o contrabando de cigarros, sonegação de impostos e adulteração de combustíveis.

Por Redação, com ABr - de São Paulo

A Polícia Federal (PF) cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em uma operação lançada nesta sexta-feira contra um esquema de empresas de fachada usadas para ocultar dinheiro de origem ilegal. As ações foram realizadas na Grande São Paulo e no interior do Estado.
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Ações foram realizadas na Grande São Paulo e no interior do Estado
Segundo a polícia, empresários e suas famílias negociavam imóveis, aeronaves e embarcações usando o nome de outras pessoas como “laranjas”. Essas operações, de acordo com a investigação, tinham como objetivo ocultar dinheiro ganho com o contrabando de cigarros, sonegação de impostos e adulteração de combustíveis. A PF diz que já identificou a sonegação de ao menos R$ 25 milhões em impostos. Nesse valor estariam inclusos os impostos não pagos com o contrabando de 4 milhões de maços apreendidos pela polícia.

Delegacia da Diversidade Online

Foi lançada na quinta-feira a Delegacia da Diversidade Online que vai atender a denúncias de práticas transfóbicas ou homofóbicas de todo o Estado de São Paulo. A partir da página da Polícia Civil será possível registrar ocorrências de crimes de intolerância ou preconceito pela diversidade sexual. As denúncias também poderão ser feitas presencialmente pela unidade específica na capital paulista e nas unidades do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em todo o Estado. Segundo o delegado-geral de polícia, Ruy Ferraz, foi montada uma equipe para atender exclusivamente ao novo serviço de investigação. De acordo com ele, são 26 policiais com quatro viaturas descaracterizadas à disposição. Os agentes receberam treinamento sobre o tema da diversidade. “Nós temos treinamento específico para esses casos e estamos treinando todos os policiais do interior para que atendam com a dignidade que a vítima merece”, enfatizou. Essa equipe vai ficar responsável por tomar as providências necessárias das ocorrências registradas na capital paulista pelo sistema eletrônico ou presencial. No restante do Estado, as investigações serão conduzidas pelos Deics. O secretário executivo da Polícia Civil, delegado Youssef Abou Chain, disse que há uma expectativa de que a divulgação do novo serviço leve a um aumento da notificação de crimes de intolerância no Estado. “Nós vamos ter com certeza um aumento significativo no número de registros, devido à facilidade e à divulgação do serviço vai encorajar essas denúncias”, disse. Segundo Chain, nos últimos dois anos, foi registrada em todo o Estado uma média de 2 mil crimes de intolerância por ano. Ele ressalvou, no entanto, que até o momento os registros não permitiam a separação da intolerância contra a diversidade sexual de outros delitos de intolerância.
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