Polícia desarticula organização que explorava prostituição no DF

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Publicado Terça, 26 de Setembro de 2017 às 09:49, por: CdB

A investigação começou em janeiro a partir de denúncias das vítimas. “Elas eram extorquidas e obrigadas a pagar diárias pelo uso do ponto

Por Redação, com ABr - de Brasília/Salvador:

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta terça-feira uma operação para prender uma organização criminosa que atuava no tráfico de pessoas para exploração sexual. O grupo recrutava travestis de outros Estados do Brasil para trabalharem com prostituição no DF.

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O grupo recrutava travestis de outros Estados do Brasil para trabalharem com prostituição no DF

Liderada também por travestis, a organização criminosa aliciava as vítimas, que já chegavam ao DF com dívidas a acertar com as cafetinas e trabalhavam em regime de exploração, em condições análogas à escravidão, segundo a polícia.

Batizada de Operação Império, a ação é coordenada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa e por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa e ou com Deficiência (Decrin).

A investigação

A investigação começou em janeiro a partir de denúncias das vítimas. “Elas eram extorquidas e obrigadas a pagar diárias pelo uso do ponto ou mesmo a morar em imóveis pertencentes aos líderes do grupo”; disse a delegada-chefe adjunta da Decrin, Elisabete Maria de Morais.

A investigação também apurou que procedimentos de estética foram realizados de maneira clandestina nas travestis; como aplicações de silicone industrial nos seios e nádegas, pelas quais eram cobrados até R$ 5 mil.

Até agora, a Operação Império cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, 23 de busca e apreensão; inclusive de veículos, além de conduções coercitivas.

Lavagem de dinheiro do tráfico

A Polícia Federal (PF) e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) deflagraram nesta terça-feira a Operação Última Estação. Segundo as investigações, o líder da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM); morto em agosto após confronto com policiais, praticava crimes de lavagem do dinheiro e de tráfico de drogas.

A PF informou que as investigações começaram após a morte do traficante; conhecido como Marreno, e foi constatado que ele utilizava nomes falsos para ocultar o patrimônio adquirido com o dinheiro do tráfico; e para fugir das ações policiais. Entre os bens estava uma casa de alto padrão na cidade de Maceió, capital de Alagoas; além de contas bancárias abertas na cidade de Porto Seguro, Sul da Bahia.

Ao todo foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades baianas de Porto Seguro e Eunápolis e em Maceió. Outros mandados de sequestro de bens e bloqueio de valores em contas bancárias também foram cumpridos.

O objetivo da operação e das investigações é recuperar os bens adquiridos com o dinheiro do crime; além de identificar outras pessoas que fazem parte da organização criminosa que atuou na lavagem de dinheiro obtido ilicitamente.

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