Segundo a PF, a contratação, realizada sem licitação, é de aproximadamente R$ 20 milhões e há fortes indícios de que a empresa, sediada em Magé, no Grande Rio, não possuía capacidade econômica ou operacional para a execução do contrato celebrado.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira quatro mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com irregularidades em contratos no Ministério da Saúde. A PF investiga um processo de contratação emergencial para serviços de engenharia no prédio-sede da Superintendência Estadual do ministério no Rio de Janeiro.
Segundo a PF, a contratação, realizada sem licitação, é de aproximadamente R$ 20 milhões e há fortes indícios de que a empresa, sediada em Magé, no Grande Rio, não possuía capacidade econômica ou operacional para a execução do contrato celebrado.
Além disso, de acordo com a PF, a outra empresa concorrente interessada em participar do processo apresentou proposta de R$ 22 milhões, também estava sediada em Magé e tampouco possuía “suficiente capacidade operacional e econômica para execução do contrato pretendido”, diz a nota da PF.
Situação emergencial
A investigação teve como base um parecer emitido pela Advocacia-Geral da União (AGU), que apontou que a contratação extrapolou o atendimento à situação emergencial, que a planilha orçamentária não observou os requisitos legais e que houve um sobrepreço na comparação com tabelas referenciais de serviços equivalentes.
À Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde e aguarda um posicionamento.
Crimes
Policiais civis da 93ª DP (Volta Redonda) e de delegacias dos 4º, 5º e 7º Departamentos de Polícia de Área (DPAs) realizam nesta quarta-feira, a Operação Alcateia para desarticular uma associação criminosa voltada ao tráfico de drogas, homicídios e roubos de veículos no Sul Fluminense. O objetivo é cumprir 32 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão em bairros de Volta Redonda, Barra Mansa, Resende, além da capital.
Até o momento, 18 mandados de prisão foram cumpridos – três deles no sistema penitenciário, e houve apreensão de grande quantidade de drogas e armas.
As investigações começaram há cerca de três meses, após a prisão de um dos integrantes da quadrilha e a apreensão de um telefone celular. Os agentes descobriram trocas de mensagens em um aplicativo instalado no aparelho e constataram a existência de um grupo hierarquicamente organizado voltado ao tráfico de drogas, cujo chefe está preso e tem como “braço direito” o próprio pai.
A equipe da 93ª DP realizou diligências, levantou informações e solicitou à Justiça os mandados de prisão e de busca e apreensão. Segundo os policiais, os acusados fazem parte de uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro.