Segundo teria dito o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que cumpre pena por corrupção, os pagamentos foram realizados entre 2014 e 2015 e operacionalizados por Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro. Toffoli foi ministro do TST de 2012 a 2016, tendo sido presidente de maio de 2014 a maio de 2016.
Por Redação - de Brasília
A Polícia Federal encaminhou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, para abrir um inquérito que tem como objetivo investigar supostos repasses ilegais para Dias Toffoli. O ministro teria favorecido dois prefeitos fluminenses em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A solicitação, a primeira que a PF faz para apuração envolvendo ministro da própria Corte, foi baseada em acordo de colaboração premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Segundo teria dito Cabral, os pagamentos foram realizados nos anos de 2014 e 2015 e operacionalizados por Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro. Toffoli foi ministro do TST de 2012 a 2016, tendo sido presidente de maio de 2014 a maio de 2016.
Inquéritos
Ainda de acordo com o delator, os repasses chegariam a R$ 4 milhões e teriam envolvido o escritório da mulher do ministro do STF, a advogada Roberta Rangel. Casos de venda de decisão por magistrados são enquadrados como crime de corrupção passiva.
Dias Toffoli, sempre de acordo com a Folha de S. Paulo, afirmou não ter conhecimento dos fatos mencionados e que jamais recebeu os supostos valores ilegais.
O pedido de investigação integra uma série de inquéritos enviados na semana passada pela Polícia Federal para o ministro Edson Fachin, relator do caso envolvendo Sérgio Cabral, condenado a mais de 300 anos de prisão.
O material foi encaminhado para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que, nesta tarde, já deu sinais de que rejeitará o pedido.