Polícia investiga fraudes na merenda escolar no Rio

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quinta-feira, 1 de junho de 2017 as 12:10, por: CdB

A operação é feita em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. O objetivo da ação são as empresas Mazan e Milano

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:

A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira mais uma fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, denominada de Ratatouille  com a finalidade  de desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos destinados ao fornecimento de merenda escolar e alimentação de detentos nos presídios no estado do Rio de Janeiro, tendo como contrapartida o pagamento de propina a autoridades públicas.

Nova fase da Lava Jato investiga fraudes na merenda escolar no Rio

A operação é feita em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. O objetivo da ação são as empresas Mazan e Milano. Que pertencem ao mesmo grupo familiar. Elas forneciam também alimentação para hospitais públicos do estado e do Comitê Organizador dos Jogos 2016, no Rio. Nos últimos 10 anos, as duas empresas tiveram contratos superiores a R$ 700 milhões com o governo do Rio de Janeiro.

Os policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão. Expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Nos bairros da Barra da Tijuca, do Centro da cidade, em Ipanema e no Leblon, no município do Rio, e nas cidades de  de Mangaratiba e Duque de Caxias.

Investigações

As investigações, iniciadas há seis meses, indicam o pagamento de pelo menos R$ 12,5 milhões em vantagens indevidas a autoridades públicas por um empresário do ramo de alimentação que mantinha contratos com o governo do Estado do Rio.

De acordo com a PF, “o nome da operação remete a um prato típico da culinária francesa. Em referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas e empresários que possuíam negócios com o estado”.