O fim da greve dos policiais militares e bombeiros de Pernambuco foi decidido em assembleia. Eles voltaram ao trabalho imediatamente e um canal de negociação será aberto com o governo. Também foi encaminhado, à Assembleia Legislativa, um projeto de cargos e carreiras para a categoria, bem como de incorporação do risco de vida ao salário. A proposta deverá ser votada até 30 de julho, segundo acordo firmado com o governo.
O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Frederico Neves, determinou o fim da greve e o retorno imediato ao trabalho. Com a decisão, o governo de Pernambuco disse que não negociaria com policiais e bombeiros militares em greve.
A paralisação começou na noite de terça-feira. Segundo a Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares do Estado de Pernambuco, 80% do efetivo aderiram à greve. Entre 18 reivindicações, os policiais militares e bombeiros pedem melhores condições de trabalho; reajuste salarial de 50% para soldados e de 30% para oficiais retroativo a janeiro deste ano; aprovação de um novo plano de cargos e carreira; fim da pena de prisão prevista no Código Disciplinar; exigência de curso superior para admissão de novos militares; pagamento de uma gratificação para quem fizer cursos de especialização, além do aumento do valor do tíquete-refeição.
A Força Nacional está no estado. O acordado foi que permaneceria até o fim da paralisação, mas, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou: “Ficaremos o tempo que for necessário até o estabelecimento da ordem”.
Sem a presença da Polícia Militar, Recife viveu hoje um dia de insegurança. Várias lojas foram saqueadas, desde a noite de terça.