Segundo as investigações, o grupo foi criado especialmente para marcar a invasão desta quarta-feira com mensagens trocadas em áudio e vídeo.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
Policiais civis da 18ª DP (Praça da Bandeira) cumpriram nesta terça-feira 27 mandados de prisão e outros 89 de intimação contra torcedores do Flamengo.

Cerca de 19 pessoas foram presas durante a Operação Olhos de Águia, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagrada nesta terça-feira, que desarticulou uma quadrilha que pretendia invadir o Estádio do Maracanã amanhã, quando o Flamengo enfrenta o Grêmio, na segunda partida da semifinal da Taça Libertadores da América. No primeiro jogo, em Porto Alegre, houve empate: 1 a 1.
A operação Olhos de Águia, como é chamada, é um desdobramento das investigações que apura um grupo de supostos torcedores do clube que marcava, por redes sociais, uma invasão ao Estádio do Maracanã, no jogo de amanhã à noite contra o Grêmio, pela semifinal da Copa Libertadores da América.
Segundo as investigações, o grupo foi criado especialmente para marcar a invasão desta quarta-feira com mensagens trocadas em áudio e vídeo.
Ameaça
De acordo com a secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), “foram observadas mensagens em que ele ameaçava matar policiais, praticar roubos, causar danos e constranger os torcedores da torcida do Grêmio”.
Mais de 100 integrantes de uma facção criminosa foram identificados.
Tiroteio
A delegada Carina Bastos, da 18a DP (Praça da Bandeira), confirmou que, no cumprimento de um dos mandados, na comunidade do Jacarezinho, a equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foi recebida a tiros.
Na troca de tiros, uma pessoa morreu e outras duas feridas foram levadas para o Hospital Souza Aguiar. Este caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
O grupo planejava invadir o Estádio do Maracanã nesta quarta-feira à noite, na segunda partida pela semifinal da Taça Libertadores da América entre Flamengo e Grêmio. Segundo a delegada, a acusação é de associação criminosa.
– Eles se associaram para a prática de diversos crimes, como roubo, falsificação de documentos, lesão ou até homicídio se fosse necessário, se a polícia impedisse a invasão. O que fosse preciso para eles invadirem o Maracanã. A simples associação para a prática de crimes já é tratado como crime.
Carina disse que o grupo no aplicativo de conversas WhatsApp foi identificado na sexta-feira e o tom das conversas promovia muita violência.
– Na sexta-feira, a gente recebeu a informação da criação desse grupo, pela inteligência digital, e então começamos a adotar diversas diligências para identificar os membros do grupo e tentar impedir que esse fato ocorresse. Foram diversas diligências o final de semana inteiro.
Segundo ela, o grupo era aberto e policiais da inteligência conseguiram se infiltrar na conversa.
As equipes da Core ainda estão nas ruas para cumprir os mandados. A investigação ainda não está concluída e podem ser expedidos mais mandados de prisão. A polícia ainda não decidiu se haverá restrição judicial para a presença de algum torcedor no jogo desta quarta-feira.