Polícia faz operação para prender líderes do PCC em SP

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Publicado Sexta, 03 de Maio de 2019 às 09:18, por: CdB

Segundo o MP, parte dos alvos dos mandados de prisão atuavam no comando da facção nas ruas, ocupando o lugar de outros líderes que foram presos.

Por Redação, com ABr - de São Paulo

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público fez  nesta sexta-feira uma operação contra facções criminosas de São Paulo, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC). A Operação Jiboia, nome escolhido porque o objetivo é "estrangular" a organização criminosa, ocorre em 19 cidades e envolve cerca de 500 policias militares.
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Gaeco faz operação para prender líderes do PCC em São Paulo
A polícia cumpre 50 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão. Até o final desta manhã, ao menos 13 pessoas foram presas em flagrante delito e um adolescente foi apreendido. Os agentes encontraram R$ 1 milhão em dinheiro vivo, sete armas, mais de 50 celulares, quatro balanças utilizadas para pesar droga, anotações da facção e sete veículos. Segundo o MP, parte dos alvos dos mandados de prisão atuavam no comando da facção nas ruas, ocupando o lugar de outros líderes que foram presos. A ação do Gaeco foi planejada após transferência de lideranças para presídios federais, fora do estado de São Paulo, após decisão judicial no início deste ano. Os acusados tinham como função o cadastramento de armas, o recolhimento de dinheiro para a organização, a realização de julgamentos dos tribunais do crime, além da coordenação de inteligência. Os mandados foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Guarujá, Bertioga, Campinas, Sorocaba, Tatuí, Itapetininga, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Cravinhos, Matão, São José do Rio Preto, Jales, Fernandópolis, Votuporanga, Cardoso, Tanabi, Mirassol e Barretos. Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, cuja pena é de três a oito anos de prisão, tráfico de drogas (cinco a 15 anos de pena), associação ao tráfico (três a 10 anos de pena), sequestro e cárcere privado (dois a oito anos de pena) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de pena).

Atiradores de Suzano

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na quinta-feira um homem de 41 anos responsável pela venda da arma de fogo que foi utilizada pelos atiradores que invadiram em 13 março a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, e mataram a tiros cinco estudantes e dois funcionários. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o homem foi preso temporariamente por 30 dias, após a investigação da polícia indicar que ele havia vendido aos autores do massacre a arma por intermédio de um outro suspeito, de 47 anos, preso em 11 de abril. A ação dos atiradores resultou na morte de 10 pessoas, incluindo os dois autores. Onze pessoas ficaram feridas. O último a deixar o hospital foi um adolescente de 15 anos, que estava internado na enfermaria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, na capital paulista. Ele voltou para casa em 2 de abril.
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