Galã é acusado de ter participado da execução de um homem suspeito de chefiar o tráfico na fronteira com o Paraguai, Jorge Rafaat Toumani, em junho do ano passado
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
Policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) prenderam, na noite anterior, em flagrante, Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como Galã. Segundo a Polícia Civil, ele era procurado pelas polícias brasileira e paraguaia e fornecia grande quantidade de drogas para as maiores facções criminosas do país, como a carioca Comando Vermelho e a paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo os policiais, ele foi preso quando fazia tatuagem em um estúdio localizado em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com a polícia, Galã apresentou um documento falso na hora da prisão; mas os agentes já conheciam sua identidade porque trocaram informações com a Polícia Civil paulista.
Tráfico na fronteira
Galã é acusado de ter participado da execução de um homem suspeito de chefiar o tráfico na fronteira com o Paraguai, Jorge Rafaat Toumani; em junho do ano passado. Segundo a Polícia, Galã teria matado Rafaat para assumir parte dos negócios dele; como fornecedor de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Procurado no Brasil e no Paraguai; Galã utilizava diversos nomes falsos como: Ronald Rodrigo Benites, Oliver Giovanni da Silva e Elton da Silva Leonel.
PRF apreende 6 toneladas de maconha
Blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou um caminhão carregado com 6 toneladas de maconha; 42 frascos de lança-perfume e cerca de 3,5 mil munições calibre 7,62 milímetros, utilizada em armamento pesado de longa distância. O veículo; conduzido por um homem de 60 anos, foi parado no quilômetro 23 da rodovia BR-262, na região de Três Lagoas (MS); no final da tarde de segunda-feira.
Preso em flagrante, o motorista contou aos policiais ter sido contratado na cidade de Dourados; sudoeste do Mato Grosso do Sul, para dirigir o caminhão até a BR-040, na região metropolitana do Rio de Janeiro; onde deveria entregá-lo a um destinatário final. Pelo serviço, segundo o motorista, ele receberia R$ 3 mil.
Segundo investigação da PRF, a droga e a munição iriam abastecer o crime organizado e as facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro. O Estado está sob intervenção federal na área de segurança pública no último dia 16.
A prisão do motorista e a apreensão da carga criminosa fazem parte da Operação Égide, montada em julho do ano passado para fiscalizar as fronteiras do Brasil com Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina e nas divisas de estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Tráfico de drogas do Rio
O objetivo é montar um cerco ao tráfico de drogas do Rio de Janeiro; o principal mercado do país, a partir de ações nas rodovias dos Estados de fronteira (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul) e nas estradas federais; que cortam os grandes corredores rodoviários de São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.
Desde que foi iniciada, a Operação Égide já prendeu mais de 12 mil pessoas e apreendeu 182 toneladas de maconha; mais de quatro toneladas de cocaína e crack, 868 armas de fogo; inclusive fuzis de assalto, e mais de 147 mil munições de vários calibres. A maior parte das prisões e apreensões ocorreram antes de as cargas criminosas chegarem ao Rio de Janeiro.