Polícia revista imóvel após ciberataque em massa na Alemanha

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Publicado Segunda, 07 de Janeiro de 2019 às 09:54, por: CdB

O ciberataque foi um dos maiores da história na Alemanha, que afetou centenas de políticos e várias figuras públicas, como artistas e jornalistas, informou na sexta-feira o Governo, que o qualificou de um ato "grave" contra as instituições democráticas.

Por Redação, com EFE - de Berlim

A polícia alemã revistou no domingo uma casa na cidade de Heilbronn, no sul do país, como consequência da investigação aberta após o ciberataque em massa contra políticos e figuras públicas, entre elas a chanceler Angela Merkel, informaram nesta segunda-feira a emissora pública ARD e a emissora regional RBB.
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Polícia alemã revista imóvel após ciberataque em massa
Agentes do Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA) revistaram no domingo pela manhã tanto a casa como o lixo de um homem de 19 anos em Heilbronn, no estado federado de Baden-Württemberg, e apreenderam aparatos técnicos. O jovem, considerado por enquanto testemunha no caso, se mostrou disposto a cooperar durante o interrogatório. – Posso confirmar que foi realizada uma revista na minha casa e que fui interrogado durante várias horas. Neste momento não quero, a pedido da BKA, fazer mais declarações publicamente – disse o homem, Khan Schürlein, aos jornalistas. Schürlein tinha declarado previamente através do Twitter ter entrado em contato há tempos com o suposto responsável do ciberataque, que supostamente se chama "Orbit". Segundo o jovem, "Orbit" entrou em contato com ele após a publicação dos dados de políticos e personalidades públicas e que incluem números de celulares, e-mails, endereços postais, documentos internos dos partidos, documentos bancários pessoais e informações sensíveis sobre o entorno familiar. Durante a noite, compartilhou no Twitter uma captura de tela que segundo afirma mostra uma conversa mantida em 4 de janeiro com o "hacker" e na qual este lhe informa sobre a intenção de destruir seus equipamentos técnicos. Schürlein, além disso, disse que "Orbit" eliminou sua conta na rede de mensagem Telegram, utilizada durante anos para se comunicar de forma encriptada. Schürlein é empregado no setor de tecnologias da informação e tinha sido apontado nas redes sociais como suspeito de ser o próprio "Orbit", algo que desmentiu. O ciberataque foi um dos maiores da história na Alemanha, que afetou centenas de políticos e várias figuras públicas, como artistas e jornalistas, informou na sexta-feira o Governo, que o qualificou de um ato "grave" contra as instituições democráticas. Segundo o Ministério do Interior, a dimensão do ataque não foi revelada até a noite de quinta-feira, embora a publicação de dados tinha iniciado antes do Natal em uma conta do Twitter, com cerca de 17 mil seguidores e em formato digital do tradicional calendário de Advento.

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