Popularidade de Bolsonaro toma fôlego e afunda mais uma vez

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Publicado Sexta, 25 de Setembro de 2020 às 13:46, por: CdB

A pesquisa entrevistou 1,2 mil pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 21 e 24 de setembro. O resultado indica que a alta do preço da cesta básica somada à redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300, foram essenciais na reprovação de Bolsonaro.

Por Redação - de Brasília
A aprovação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a desabar, após um breve período de melhoria. Dessa vez, saiu de de 40% para 35%, nas últimas semanas, segundo pesquisa publicada pela revista Exame/Ideia, nesta sexta-feira. O estudo também indica que 42% da população reprova as ações do Governo Federal.
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Mais brasileiros querem ver Bolsonaro de saída do governo federal
A pesquisa entrevistou 1,2 mil pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 21 e 24 de setembro. O resultado indica que a alta do preço da cesta básica somada à redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300, foram essenciais na reprovação de Bolsonaro. Segundo reportagem publicada pela revista, a maior rejeição a Bolsonaro encontra-se nos grupos mais vulneráveis. No grupo dos mais insatisfeitos estão aqueles que não conseguiram completar o ensino fundamental (41%) e ganham até um salário mínimo (54%). Já entre os brasileiros que seguem apoiando o governo, a maioria é formada por pessoas com renda superior a cinco salários mínimos (49%), com diploma universitário (40%) e é moradora da região centro-oeste (42%). Ainda segundo o levantamento, atualmente 34% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom. Outros 26% avaliam a gestão do presidente como regular e 39% classificam sua administração como ruim ou péssima. Na véspera, uma pesquisa do Ibope indicava que 40% dos eleitores consideravam o governo ótimo ou bom; regular, 29% e ruim ou péssimo, 29%.

Luz amarela

Os números do Ibope refletiram os níveis de popularidade que o presidente experimentou, no início deste mês, quando atingiu seu melhor nível desde fevereiro. A aprovação ao governo vinha crescendo desde meados de agosto, quando os efeitos positivos do auxílio emergencial de 600 reais ainda eram sentidos por boa parte da população. — Já havia, no entanto, uma indicação de alta do viés negativo em relação ao presidente em função do aumento de preços, o que se confirmou nesta última pesquisa — disse Maurício Moura, fundador do Instituto Idea. Para 32% dos moradores da região norte, o governo é apenas regular. No Sul, 29% das pessoas consideram a gestão de Bolsonaro como boa. Entre aqueles que avaliam o governo como ruim, um terço mora no Norte ou Nordeste. A luz amarela já tinha acendido na pesquisa anterior, do dia 10 de setembro, quando havia aumentado o número de brasileiros (30%) que avaliam o governo como regular. — Boa parte da população estava em compasso de espera. Uma das principais questões girava ao redor da inflação de itens essenciais, como os alimentos, e do programa de auxílio emergencial. A manutenção do aumento de preços exerceu um impacto importante na avaliação do presidente, já que trata-se de algo pesa diretamente no bolso das famílias — concluiu Moura.
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