Poucos comparecem a protestos dos 'coletes amarelos' na França

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Publicado Sábado, 22 de Dezembro de 2018 às 11:13, por: CdB

Cerca de 800 pessoas protestavam por toda Paris no fim desta manhã e não havia sido registrado nenhum incidente violento ou detenções, disse a polícia. No sábado passado, havia cerca de 4 mil manifestantes nas ruas no mesmo horário.

Por Redação, com Reuters - de Paris

Um homem morreu no sul da França na sexta-feira, quando um carro bateu num caminhão parado num bloqueio feito por manifestantes de “colete amarelo”, elevando para 10 as mortes ligadas aos protesto contra o governo, disseram autoridades neste sábado.
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Há três semanas, os protestos em Paris se transformaram num dos piores distúrbios vistos na capital francesa desde 1968
Muitos manifestantes são esperados nas ruas de toda a França neste sábado, incluindo numa passeata na cidade de Versalhes, cujos castelo são um símbolo do poder do Estado Francês e uma das principais atrações turísticas da Europa. Até o momento, no entanto, poucas pessoas se reuniram em Versalhes e há bem menos manifestantes nas ruas de Paris do que em semanas anteriores, de acordo com uma testemunha ouvida pela Reuters e imagens dos canais de TV BFM e CNews. Dezenas marchavam pelas ruas do bairro parisiense de Montmartre, perto da Basílica do Sacré Couer, outro marco turístico da capital francesa. “Parisienses, juntem-se a nós!”, gritavam os manifestantes. Alguns pediam a renúncia do presidente Emmanuel Macron. Cerca de 800 pessoas protestavam por toda Paris no fim desta manhã e não havia sido registrado nenhum incidente violento ou detenções, disse a polícia. No sábado passado, havia cerca de 4 mil manifestantes nas ruas no mesmo horário.

Protestos

Há três semanas, os protestos em Paris se transformaram num dos piores distúrbios vistos na capital francesa desde 1968. Carros foram incendiados, bancos e seguradoras tiveram fachadas de vidro quebradas e o mobiliário urbano foi vandalizado. Das 10 mortes ligadas aos protestos, a maioria foi resultado de acidentes de trânsito. Os “coletes amarelos”, denominados assim devido aos jalecos de alta-visibilidade que os motoristas franceses são obrigados a ter nos carros, começaram a protestar no início de novembro contra um aumento nos impostos dos combustíveis, e depois se voltaram para reivindicações mais amplas contra a políticas de reformas econômicas liberais de Macron. O presidente francês fez concessões, reduzindo impostos e aumentando salários. O movimento perdeu força nas últimas semanas, com apenas 66 mil participando de protestos por todo o país no sábado passado, ante os cerca de 300 mil reunidos em 17 de novembro.
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