Os preços do petróleo permanecem acima dos US$ 48 nesta sexta-feira, apesar de estarem recuando, depois da aprovação pelo governo dos Estados Unidos da utilização das reservas do produto. Operadores consideraram muito pequena a confirmação das retiradas para causar qualquer impacto duradouro.
Uma eventual greve de funcionários da Petrobras e ameaças de ataques à infraestrutura da Nigéria também contribuíam para manter os preços elevados. O petróleo em Nova York caía US$ 0,16 para US$ 48,19 o barril, depois de chegar a ser negociado a US$ 49 na quinta-feira, apenas US$ 0,40 do recorde histórico de US$ 49,40 em 20 de agosto.
Em Londres, o petróleo tipo Brent também caía e era negociado em baixa de US$ 0,33, a US$ 44,80 o barril. A redução nos estoques causada pela recente passagem do furacão Ivan forçou o governo dos EUA a confirmar na quinta-feira o uso da Reserva Estratégica de Petróleo do país.
As refinarias locais querem utilizar parte das reservas emergencias para resolver problemas no abastecimento. No Brasil, o sindicato que representa os trabalhadores da Petrobras ameaçou na quinta-feira recorrer a greves surpresas a partir de 4 de outubro caso a companhia continue adiando a decisão sobre uma proposta de aumento salarial.
Os países produtores de petróleo estão utilizando quase toda a capacidade de produção para atender a demanda mundial por petróleo, a maior dos últimos 24 anos. Tais fatos ajudam a aumentar as preocupações com o já apertado abastecimento global, que contribui para elevar as incertezas no mercado.