O preço do metro quadrado de imóveis novos e usados anunciados em 16 cidades brasileiras voltou a desacelerar em junho, de acordo com o índice FipeZap Ampliado, divulgado nesta quinta-feira, que estima alta abaixo da inflação no acumulado do primeiro semestre do ano.
O indicador cresceu 10,9% em 12 meses até junho, na comparação anual. O valor do metro quadrado no período acumulado até maio cresceu 11,7% e 12,2% até abril, ambos em relação ao mesmo período do ano anterior.
Entre janeiro e junho, o crescimento foi de 3,49%. Considerando a variação esperada para o IPCA de junho (de 0,34%, segundo o boletim Focus do Banco Central), a variação do preço médio anunciado das 16 cidades monitoradas será menor do que a inflação do primeiro semestre (3,68%).
“Ou seja, o preço dos imóveis subiu menos do que a média dos demais preços da economia. Houve, portanto, queda real de preços”, segundo o comunicado de divulgação do indicador.
Em relação às variações mensais, o Rio de Janeiro teve alta de 0,37% em junho em relação a maio, a menor desde março de 2008. Na variação acumulada em 12 meses até junho, foi registrado o menor aumento desde o início da série histórica em 2008, de 12,5%.
De acordo com o indicador, cinco das dezesseis cidades monitoradas cidades tiveram queda nominal do preço médio na comparação mês a mês: Brasília (-0,18%), Curitiba (-0,51%), Vila Velha (-0,21%), Santo André (-0,25%) e São Bernardo do Campo (-0,25%).
O preço médio do metro quadrado em junho foi de 7.531 reais. A cidade com preço mais alto foi o Rio de Janeiro, a R$ 10.648. O valor mais baixo ocorre em Vila Velha (ES), de R$ 3.934.
Já São Paulo praticamente empatou com Brasília e registrou em junho o segundo maior preço anunciado entre as cidades monitoradas pelo indicador, com valor médio de R$ 8.124 ante R$ 8.122 da capital federal.