Preço do gás de cozinha bate recorde no Centro-Oeste

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Publicado Terça, 27 de Julho de 2021 às 11:32, por: CdB

O preço médio do produto, no Estado do Mato Grosso (MT), é de R$ 111,76 e mesmo quando está “mais barato”, vendido a R$ 95, ainda fica acima da média do país, que é de 92,58. Em contrapartida, no Nordeste do país, o preço máximo é de R$ 92.

Por Redação, com ACSs - de Campo Grande
A escalada no preço do gás de cozinha é uma realidade em todo o território nacional, mas a população de Mato Grosso é a que mais tem sofrido na hora de comprar o produto. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o gás de cozinha é vendido a R$ 130 em alguns municípios, sendo um dos valores mais caros do país, ficando acima da média nacional.
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O gás de cozinha é item básico na cesta de compras da maioria dos brasileiros, e fica mais caro agora
O preço médio do produto, no Estado do Mato Grosso (MT), é de R$ 111,76 e mesmo quando está “mais barato”, vendido a R$ 95, ainda fica acima da média do país, que é de 92,58. Em contrapartida, no Nordeste do país, o preço máximo é de R$ 92. Segundo o levantamento da ANP, nos municípios de Alta Floresta e Sorriso é onde estão localizados os preços mais altos do gás de cozinha no Brasil. Nas duas cidades, a unidade de 13 kg custa R$ 130.

Na lenha

Nos outros municípios da pesquisa da ANP, o produto chega no valor de R$ 106, no município de Cáceres, R$ 115, em Várzea Grande e R$ 120 em Cuiabá. Ao total, 83 locais de vendas foram analisados pela ANP em Mato Grosso. Na capital Cuiabá, que registrou na semana passada o dia mais frio do ano, com temperaturas que chegaram aos 7ºC, algumas famílias tiveram que usar lenha para esquentar água, pois não possuem chuveiro elétrico e esquentar água com o gás de cozinha, onde o preço está no valor de R$ 115, faria com que o produto acabasse mais rápido. Durante o frio na cidade, Antônia Rosa de Campos, de 68 anos, e Kátia da Silva de 53, esquentavam água usando lenha para dar banho quente nas crianças. A renda da família de Kátia, é de aproximadamente R$ 2.000 e dessa renda, é sustentada uma família de quatro crianças e quatro adultos.

Bolsonaro

Diante dos aumentos constantes nos derivados do petróleo, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) recomendou que os governadores sejam culpados, quando o preço é determinado pela empresa estatal Petrobras. Para Bolsonaro, o preço do botijão de gás deveria ser de, no máximo, R$ 70 e novamente culpou tributos estaduais pelo valor elevado de produtos essenciais. — Poderia ser vendido a R$ 60, R$ 70, no máximo. Depende de o governador colaborar nesse sentido — disse em entrevista à rádio Arapuan, da Paraíba. No entanto, praticamente a metade do valor do preço do botijão fica com a estatal. O preço médio da revenda do gás de cozinha (13 quilos) no país foi de R$ 89,84 entre os dias 4 e 10 de julho. Do preço final, R$ 46,88 ficam com a Petrobras. Segundo a estatal, há basicamente três componentes do preço do gás de cozinha: 48,9% representam a margem da estatal; 36,6% ficam com as distribuidoras (que fazem a aquisição, armazenamento, envasamento, transporte, comercialização e controle de qualidade) e os pontos de revenda; apenas 14,5% são impostos estaduais (ICMS).
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