Preços administrados pressionam e IPCA-15 sobe 0,28% em agosto

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quinta-feira, 25 de agosto de 2005 as 10:54, por: CdB

A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em agosto a maior taxa em três meses, pressionada por itens administrados e pelo reajuste do salário mínimo.

O índice subiu 0,28%, seguindo a alta de 0,11 em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Economistas projetavam, em média, leitura de 0,15%, com os prognósticos variando de 0,08 a 0,21%. Apesar da aceleração, o índice teve variação bastante inferior à de agosto de 2004, de 0,79%.

Os preços de telefone fixo foram pelo segundo mês consecutivo o maior impacto individual para o índice, de 0,12 ponto percentual, com alta de 3,39%. A alta reflete o reajuste da tarifa ocorrido em julho. No ano, os preços de telefonia acumulam alta de 6,59%.

Outro impacto veio de combustíveis. O álcool subiu 4,22% e a gasolina, 1,14%, por conta da valorização das cotações da cana-de-açúcar. Refletindo o reajuste do salário mínimo em maio, os salários dos empregados domésticos tiveram aumento de 1,86% e também contribuíram para a aceleração do IPCA-15.

Por outro lado, os preços Alimentação e Bebidas tiveram queda, de 0,67%. Os de energia elétrica declinaram 0,65% em agosto, em resultado da redução da parcela do seguro apagão.
Entre as regiões, Belém registrou a maior variação do IPCA-15, com alta de 1,12% em agosto. A única queda foi apurada no Rio de Janeiro, de 0,15%. Em São Paulo, o índice subiu 0,07%.

No ano, o IPCA-15 acumula elevação de 3,91% e nos últimos 12 meses, de 6,30%.
O IPCA-15 usa a mesma metodologia do IPCA, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país.

A diferença entre os dois indicadores está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário e o IPCA-15 mediu os preços de 13 de julho a 11 de agosto.