A taxa de variação dos preços no mês março de 2004 para os produtos comercializados nos supermercados foi de -0,31%, valor muito próximo da taxa registrada em fevereiro (-0,48) e muito abaixo da taxa de 1,30% de março do ano passado. A variação de preços acumulada no ano de 2004 está em -0,60% e nos últimos doze meses em 0,86%, segundo pesquisa realizada mensalmente pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS-APAS/FIPE).
Os preços dos alimentos e das bebidas apresentaram uma queda de -0,21%, ficando os alimentos com -0,26% e os não alimentos com -0,08%. As bebidas não alcoólicas tiveram alta de 0,3%, as alcoólicas uma queda de -0,13%, os artigos de limpeza - 0,59% e os produtos de higiene e beleza -0,83%. Os preços das proteínas continuam em queda desde o mês passado: a carne bovina teve uma queda de -2,4%, as carnes suínas -1,17%, o frango - 2,7%e o pescado teve alta de 1,21%. O preço do feijão caiu -2,35% (depois de uma alta de 8,29% em fevereiro) e o arroz caiu -4,89%.
Já os alimentos industrializados tiveram uma alta de 0,29%. O açúcar teve queda de preço de -9,70% e no mês anterior -13,61%, acumulando em doze meses uma queda de -41,18%. O óleo de soja teve alta de 5,44%. Os preços dos produtos in natura subiram 2,08%, sendo legumes 1,79%, tubérculos 2,03%, verduras 2,24% e ovos 7,45%.
Desde agosto do Plano Real, o IPC/ Fipe variou 124,98% contra apenas 62,14% do IPS/APAS, ou seja, praticamente a metade da variação. Porém, essa comparação tomada a partir de 1999 mostra um IPC/ Fipe de 43,22% contra um IPS/APAS de 35,04%.
Nos supermercados as bebidas não alcoólicas tiveram uma variação de preços de 80%, os artigos de limpeza de 88%, os artigos de higiene e beleza de 36% e os alimentos industrializados de 50%. Já o índice Fipe apurou altas expressivas nos serviços de utilidade pública, combustíveis, saúde e educação com variações entre 200% e 250%.
Os números mostram que a renda do consumidor foi dragada pelos&nbs