Preços dos ovos disparam em mais de 200%, durante a atual pandemia

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Publicado Sexta, 01 de Julho de 2022 às 12:21, por: CdB

O dado consta da terceira edição do ‘Estudo Sobre Variação de Preços dos Produtos na Pandemia’, a qual mostra que o ovo foi o produto que apresentou a maior variação de preço, com aumento de 202,13% acima da média inflacionária. A inflação oficial, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), variou 19,9% no mesmo período.

Por Redação - de São Paulo
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), divulgada nesta sexta-feira, em que foram analisados o preço de 40 produtos entre os meses de março de 2020 e maio de 2022, constata uma variação de preços no patamar de 57,50%, ou seja, 37,60% acima da inflação oficial do mesmo período. O ovo tornou-se o grande vilão.
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Até os ovos tiveram reajuste de preços acima dos índices inflacionários, nos últimos meses
O dado consta da terceira edição do ‘Estudo Sobre Variação de Preços dos Produtos na Pandemia’, a qual mostra que o ovo foi o produto que apresentou a maior variação de preço, com aumento de 202,13% acima da média inflacionária. A inflação oficial, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), variou 19,9% no mesmo período.

Carne bovina

Além do ovo, outros produtos também apresentaram diferença significativa na variação de preços em comparação com a inflação. Argamassa (20 kg), com aumento de 139,46%, açúcar (kg), subiu 110,51%, farinha de mandioca (kg), com acréscimo de 104,60%, carne bovina, com 91,11%, e o etanol-álcool combustível (litro), com 64,24% estão entre os produtos verificados. Apenas dois itens pesquisados ficaram com a variação de preço menor que o IPCA do período, o caderno 10 matérias (un), com queda de 15,43%, e a caneta esferográfica (un) que descreceu 12,92%. — Na primeira edição do estudo, divulgada em agosto de 2021, o produto que apresentou maior variação de preço, acima da inflação oficial, foi o arroz, com índice de 122,97%. Já na segunda edição, de fevereiro deste ano, o destaque foi a carne bovina, que havia aumentado 133,70%, nessa mesma comparação. Agora temos os ovos (dúzia), como o grande vilão com índice de 202,13% acima da inflação — ressaltou o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike.

Exportação

Outro fator que tende a ampliar a pressão sobre os preços foi a autorização do governo uruguaio para a importação de carne com osso do Brasil, como o asado, corte mais tradicional para os uruguaios. A decisão visa reduzir os custos de varejo em meio à inflação que, nos período de 12 meses encerrado em maio foi de 9,37%, seu maior nível anual desde março, após uma aceleração no início do ano. O ministro da Pecuária, Fernando Mattos, explicou que o acesso da carne uruguaia a mercados que pagam valores altos tem como “lado negativo” o aumento do preço para o consumidor local. Com isso, o governo é a favor da importação de produtos que tenham status sanitário que proporcionem o acesso a um preço mais baixo. — Devido à maior participação dos agentes comerciais nas importações, podemos ter um benefício, que também buscamos como governo, que é ter um produto de qualidade que também seja mais barato para a população”, disse Mattos. “Não há restrição de volume; isso será determinado pelo mercado — concluiu.
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