O procurador-geral da Colômbia determinou nesta sexta-feira a prisão do prefeito de Barrancabermeja, Julio César Ardila, por causa da suspeita de que ele tenha mandado matar um radialista, cujo corpo foi encontrado em abril, crivado de balas.
Três outros funcionários da prefeitura, inclusive os secretários de Finanças e de Infra-Estrutura, foram presos na sexta-feira, segundo uma fonte do Ministério Público colombiano.
Em seu programa de rádio, José Emetrio Rivas fazia frequentes acusações de corrupção e críticas à administração da cidade, que é o principal centro de refino de petróleo do país e fica a 270 quilômetros ao norte de Bogotá.
– As investigações preliminares indicam que o prefeito Ardila, junto com três funcionários seus, mandou matar o jornalista e outras quatro pessoas, fato que foi supostamente cometido por um grupo paramilitar – disse uma fonte no gabinete do procurador-geral.
Falando a uma rádio local na sexta-feira, ele disse que as acusações são parte de um complô, provavelmente de pessoas ricas, para manchar a imagem da Barrancabermeja.
– Esses que vêm com a idéia de ferir o prefeito não são qualquer um. São gente poderosa, que tem dinheiro – comentou Ardila.
A tranqüila cidade portuária, de 200 mil habitantes, costumava ser um reduto de rebeldes marxistas, mas atualmente é parcialmente controlada por paramilitares de direita.
Segundo organizações internacionais, os jornalistas colombianos fazem uma tarefa arriscada. Oito deles foram mortos no ano passado por supostos grupos armados ilegais, de esquerda ou de direita.