Prefeito de Santo André é assassinado

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Publicado Domingo, 20 de Janeiro de 2002 às 10:55, por: CdB

A polícia confirmou para as autoridades municipais de Santo André que o corpo encontrado em Juquitiba é mesmo do prefeito Celso Daniel. Segundo a Polícia Civil, o corpo foi atingido por 18 tiros. A família do prefeito Celso Daniel reconheceu o cadáver, em Juquitiba, junto da Rodovia Régis Bittencourt. Heiguiberto Navarro disse também que o governador Geraldo Alckmin confirmou que é do prefeito Celso Daniel o corpo encontrado pela Polícia Civil. Era de profunda consternação o ambiente no Paço Municipal de Santo André, onde assessores e amigos de Daniel fazem vigilia desde o final da noite de sexta-feira, quando ele foi seqüestrado na zona sul de São Paulo. A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes informou que está mantida a entrevista que o governador convocou para às 13 horas Como foi o seqüestro O seqüestro de ocorreu na Rua Antonio Bezerra, na Vila das Mercês, na zona sul da capital, às 23h30 de sexta-feira, dia 18. O prefeito Daniel e o empresário Sérgio Gomes da Silva estavam em um Mitsubishi Pajero. Eles iam para Santo André, depois de sair de uma churrascaria na Alameda Santos, no Paraíso, quando. O carro foi seguido por uma Blazer e um Santana. Silva, que dirigia o Pajero, disse que havia quatro homens em cada carro, ao diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Antônio Chaves Martins Fontes. Ele não soube dizer onde a perseguição começou. Após tentar fechar o carro várias vezes e bater a Blazer na lateral do Pajero, a quadrilha atirou nos vidros e no pneu traseiro do carro blindado. Daniel estava no banco do passageiro. Durante a perseguição, talvez por causa dos tiros, segundo Silva, o veículo começou a apresentar problemas: as portas destravavam e o câmbio deu defeito. O empresário diz que não conseguiu mais fugir porque perdeu o controle do carro. "O câmbio não respondia." Os seqüestradores estavam próximos da Via Anchieta e fugiram levando Daniel. Segurança Silva e o prefeito não usavam seguranças, apesar de Daniel ter reforçado sua equipe em novembro, depois de um grupo intitulado Frente de Ação Revolucionária Brasileira (Farb) enviar cartas com ameaças de morte a 15 prefeitos petistas no Estado de São Paulo. O empresário tinha uma pistola no carro, mas não a usou. O caso será assumido pela Divisão Anti-Seqüestro da Polícia Civil assim que os seqüestradores entrarem em contato com a família, o que não havia ocorrido até as 19h30 de ontem. Líderes do PT fizeram um apelo para que eles entrem em contato. Ontem à tarde, petistas se reuniram no Paço Municipal para discutir a possibilidade de ser ou não um crime político. Senadores, deputados, prefeitos e membros da executiva pediram ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que ele lidere as investigações. Alckmin passou a tarde no interior, mas manteve contato com o secretário de Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, que deixa o cargo esta semana.

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