Presidente acelera gastos no cartão corporativo em ano eleitoral

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Publicado Segunda, 20 de Junho de 2022 às 12:24, por: CdB

Na história brasileira, nunca o cartão foi usado com motivos tão diversos. Em 2020, por exemplo, pagou pelo resgate de brasileiros em Wuhan (China) no início da pandemia e, nem assim, o gasto foi tão elevado quanto agora. O Palácio do Planalto havia argumentado, na época, que as despesas do presidente estavam altas devido à operação internacional.

Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) acelerou os gastos com cartão corporativo ao longo dos últimos meses, às vésperas da campanha eleitoral. Desde o primeiro ano de mandato, essas faturas têm ficado cada vez mais altas e atingiram recentemente o patamar de R$ 1,2 milhão por mês.
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O cartão corporativo da Presidência da República é uma fonte milionária de gastos de dinheiro público
Na história brasileira, nunca o cartão foi usado com motivos tão diversos. Em 2020, por exemplo, pagou pelo resgate de brasileiros em Wuhan (China) no início da pandemia e, nem assim, o gasto foi tão elevado quanto agora. O Palácio do Planalto havia argumentado, na época, que as despesas do presidente estavam altas devido à operação internacional. Desde então, a fatura média do cartão subiu de R$ 736,6 mil por mês no primeiro ano de governo para R$ 862,1 mil em 2020. Mesmo desconsiderando os custos do resgate, a despesa média fica em R$ 791,1 mil no primeiro ano da pandemia.

Despesas

Em 2021, o extrato do cartão do presidente ficou ainda mais caro: R$ 1,1 milhão por mês. Agora, de janeiro a maio de 2022, essa média subiu para R$ 1,2 milhão num período em que Bolsonaro intensificou a agenda pelo país em clima de pré-campanha à reeleição. O aumento de despesas no início deste ano coloca o mandatário em patamar recorde de despesas se comparado aos antecessores. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) gastou R$ 960 mil por mês na pré-campanha de 2014; e Michel Temer (MDB), R$ 560 mil em 2018 – quando chegou a ser pré-candidato. Os dados não são comparáveis com as gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma vez que houve uma mudança de regras sobre o uso do instrumento de crédito.
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