Presidente chinês elogia Macau e critica Hong-Kong

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Publicado segunda-feira, 20 de dezembro de 2004 as 13:21, por: CdB


O presidente da China, Hu Jintao, parabenizou Macau nesta segunda-feira por seu sucesso no processo de reunificação feito sob o princípio de “um país, dois sistemas”, mas fez algumas críticas à liderança de Hong Kong, cobrando mudanças.

Hu visitou a ex-colônia portuguesa de Macau para celebrar o quinto aniversário de seu retorno à soberania chinesa. A crítica feita a Hong Kong, algo inusitado, aconteceu durante um encontro com autoridades da ex-colônia britânica em Macau.

– Espero que todos reflitam seriamente sobre o que Hong Kong atravessou enquanto implementava o princípio de ‘um país, dois sistemas’, que tirem conclusões de sua experiência, que aprendam com suas falhas e que implementem um governo mais eficiente –  disse o presidente.

– Espero que todos tenham em mente os interesses de Hong Kong e o fortalecimento da unidade e da cooperação – afirmou Hu diante do líder de Hong Kong, Tung Chee-hwa, e de seus ministros. Os comentários do dirigente chinês foram divulgados pelo canal Cable Television.
O governo chinês tenta há anos convencer Taiwan a aceitar um modelo de reunificação parecido. A política de “um país, dois sistemas” foi elaborada por Deng Xiaoping e prevê alguma autonomia local em troca da aceitação do domínio chinês.

Hu celebrou o sucesso de Macau no aniversário da devolução do território à China, mas não fez menção a Taiwan, ilha que o governo comunista vê como uma Província rebelde a ser reincorporada pela força se necessário. 

– O tempo provou que a fórmula de Deng Xiaoping está perfeitamente afinada e continuará a ser implementada –  afirmou o presidente.]

Hu, depois de ter tomado posse, nunca visitou Hong Kong, entregue à China em 1997.
Enquanto Macau vive um momento de expansão da economia e de estabilidade política, Hong Kong tem se mostrado uma dor de cabeça para o governo chinês.Desapontados com o governo controlado pela China, muitos dos sete milhões de moradores da ex-colônia britânica realizam mobilizações frequentes exigindo maiores liberdades políticas.