Por Redação, com Reuters – de Amsterdã
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, comemorou nesta sexta-feira a aprovação do novo programa de resgate pelo Parlamento grego, mas disse que o pacote ainda precisa ser aprovado por países da zona do euro.
Falando a jornalistas em Haia, Dijsselbloem disse que os ministros das Finanças da zona do euro vão discutir o pacote de 85 bilhões de euros em Bruxelas, ainda nesta sexta-feira.
Ministros europeus precisam ter confiança de que o governo grego vai de fato implementar as medidas prometidas, acrescentou. Políticos alemães, em particular, têm expressado ceticismo.
No entanto, Dijsselbloem disse que o pacote parece “o mais forte e concreto” acertado até então, acrescentando que os credores serão capazes de interromper pagamentos rapidamente se uma avaliação em setembro ou outubro mostrar que a Grécia não está cumprindo suas promessas de reformas.
Tsipras
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, enfrentou sua pior rebelião de legisladores esquerdistas nesta sexta-feira, durante a aprovação pelo Parlamento do novo programa de resgate financeiro, sendo forçado a considerar ser submetido a um voto de confiança, o que pode abrir caminho para novas eleições.
Após os legisladores vararem a noite discutindo questões de procedimento, o Parlamento aprovou com folga o terceiro resgate financeiro de credores internacionais ao país nos últimos cinco anos, graças ao apoio de partidos de oposição favoráveis à permanência na zona do euro.
A aprovação favorece que os ministros das finanças da zona do euro aprovem, ainda nesta sexta-feira, o primeiro pacote de ajuda, de 85 bilhões de euros, embora ainda haja dúvida entre os alemães, principais credores, se a Grécia será capaz de cumprir suas promessas.
– Não me arrependo da decisão de me comprometer – disse Tsipras ao defender o resgate por credores da zona do euro e Fundo Monetário Internacional (FMI), concedido em troca de aumento de impostos, corte de gastos e duras reformas econômicas.
– Nós assumimos a responsabilidade de continuarmos vivos ao invés de escolher o suicídio – acrescentou.