O presidente equatoriano reafirmou que não retrocederá e que a eliminação dos subsídios aos combustíveis é uma decisão histórica.
Por Redação, com ABr e Reuters – do Quito
O presidente do Equador, Lenín Moreno, reafirmou, na segunda-feira à noite, que não voltará atrás na liberação dos preços dos combustíveis, anunciada na semana passada, rebateu a violência nas manifestações e chamou os setores sociais para discutir possíveis soluções.

Moreno falou em rede nacional de televisão, acompanhado do vice-presidente Otto Sonnenholzner, do ministro da Defesa, Oswaldo Jarrín, e da cúpula das Forças Armadas.
Ele informou que transferiu a sede do governo para Guayaquil e agradeceu o compromisso do Alto Comando Militar diante das mobilizações de protesto. Afirmou que o governo continuará protegendo a integridade dos cidadãos. “A violência e o caos não vão ganhar”.
O presidente equatoriano reafirmou que não retrocederá e que a eliminação dos subsídios aos combustíveis é uma decisão histórica.
Para Lenín Moreno, as manifestações violentas não são espontâneas e têm intenção política. “Não é coincidência que Correa, Virgilio Hernández, (Ricardo) Patiño, (Paola) Pabón, tenham viajado ao mesmo tempo, há poucas semanas, à Venezuela”. Ele afirmou que Maduro ativou junto a Correa “seu plano de desestabilização”.
Segundo o presidente, os focos de violência registrados em diferentes regiões são praticados por “indivíduos externos, pagos e organizados”.
Protestos
O governo do Equador afirmou nesta terça-feira que está aberto à mediação internacional por meio da Organização das Nações Unidas (ONU) ou da Igreja Católica, um anúncio feito no sexto dia de protestos generalizados contra medidas de austeridade, que, segundo o governo, levaram a 570 prisões.
– A única resposta é diálogo e firmeza ao mesmo tempo – disse o secretário da Presidência, Juan Sebastián, a uma rádio local. “Não temos problema em aceitar a mediação sugerida pela Organização das Nações Unidas, por alguns membros da Igreja e reitores (universitários)”.