Pressionada por EUA e China, Coreia do Norte resiste às sanções da ONU

Arquivado em:
Publicado Domingo, 04 de Junho de 2017 às 13:23, por: CdB

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) expandiu, na véspera, as sanções específicas contra a Coreia do Norte

 

Por Redação, com agências internacionais - de Pyongyang

 

O governo da Coreia do Norte afirmou, neste domingo, que "rejeita completamente" as últimas sanções das Nações Unidas (ONU). A nação comunista as classifica como um “ato hostil” contra seus cidadãos. E reafirma que seguirá com o desenvolvimento de armas nucleares sem interrupções. As declarações são de um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, não identificado na transmissão pela TV estatal do país.

coreia-2.jpg
Novas sanções são voltadas contra a indústria naval e a utilização de mão de obra escrava na Coreia do Norte

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) expandiu, na véspera, as sanções específicas contra a Coreia do Norte. Tomou a atitude após repetidos testes de mísseis balísticos.

Sanções pesadas

Trata-se da primeira resolução acordada pelos Estados Unidos e a única grande aliada de Pyongyang, a China, desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, assumiu o cargo.

A resolução de sanções "é um ato hostil e astuto com o objetivo de colocar uma barreira sobre o acúmulo de forças nucleares da RPDC, desarmando-a e causando sufocamento econômico”, acrescentou o porta-voz. O comunicado foi divulgado pela agência norte-coreana de notícias KCNA. RPDC é a sigla para a República Popular Democrática da Coreia, o nome oficial da Coreia do Norte.

— Quaisquer que sejam as sanções e as pressões, nós não nos afastaremos da estrada para construir forças nucleares que foram escolhidas para defender a soberania do país e os direitos à existência nacional, e avançaremos em direção à vitória fina — disse o porta-voz.

Opções

A Coreia do Norte rejeitou todas as resoluções do Conselho de Segurança de 2006. Foi o ano em que realizou seu primeiro teste nuclear, afirmando que tais movimentos violam diretamente seu direito soberano de autodefesa.

Os EUA tentam retardar os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte. A posição adotada se tornou uma prioridade de segurança. Pyongyang prometeu desenvolver, em breve, um míssil nuclear de ponta capaz de atingir a Costa Oeste dos EUA.

A administração Trump tem pressionado a China, agressivamente, a controlar seu vizinho. Trump vem alertando que todas as opções estão na mesa, caso Pyongyang persista no seu desenvolvimento nuclear e de mísseis.

Teste nuclear

A Coreia do Norte culpou os Estados Unidos e a China por "carregar e reforçar" a resolução de sanções no Conselho de Segurança da ONU "depois de ter sido redigida no quarto dos fundos a seu próprio gosto".

— É um erro de cálculo fatal se os países... pensam mesmo que podem atrasar ou controlar o desenvolvimento surpreendente das forças nucleares (do Norte), mesmo por um momento — disse o porta-voz.

Adicionar nomes à lista negra das Nações Unidas significa uma proibição global de viagem e congelamento de ativos.

O Conselho de Segurança da ONU primeiro impôs sanções a Pyongyang em 2006. Na época, tratavam sobre seus programas de mísseis balísticos e nucleares. Aumentou também as medidas em resposta a cinco testes nucleares e dois lançamentos de mísseis de longo alcance.

A Coreia do Norte ameaça realizar um sexto teste nuclear, em breve.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo