Procurador-geral da Austrália nega acusação de estupro

Arquivado em:
Publicado Quarta, 03 de Março de 2021 às 10:28, por: CdB

 

O procurador-geral da Austrália, Christian Porter, revelou nesta quarta-feira que ele é o membro do governo que foi acusado de ter cometido um estupro há 33 anos em uma carta enviada na última semana ao primeiro-ministro, Scott Morrison, e a alguns deputados.

Por Redação, com ANSA - de Melbourne O procurador-geral da Austrália, Christian Porter, revelou nesta quarta-feira que ele é o membro do governo que foi acusado de ter cometido um estupro há 33 anos em uma carta enviada na última semana ao primeiro-ministro, Scott Morrison, e a alguns deputados.
procuradorgeral.jpg
Porter negou acusações de ter cometido o crime em 1988
Há uma semana, a mídia australiana estava debatendo quem teria sido o político acusado pelo crime, em caso que tomou os jornais do país. Por conta das leis com punições pesadas sobre difamação, nenhum nome havia sido veiculado até então. – Os fatos que me acusam jamais aconteceram – disse Porter aos jornalistas nesta quarta-feira, reconhecendo que conhecia a jovem citada e que ambos competiram nas mesmas disputas esportivas da época da Universidade de Sydney em 1988. Porém, o principal conselheiro jurídico do governo afirmou que nunca ficou "a sós" com a vítima. Sobre uma possível demissão, Porter foi enfático e disse que não pensa nisso porque "se eu renunciar por causa de uma alegação que nunca aconteceu, então qualquer pessoa na Austrália pode perder a sua carreira, o seu emprego, a sua vida profissional baseado em nada além de uma acusação". No entanto, segundo relatou aos repórteres australianos, ele pediu uma licença temporária a Morrison para cuidar de sua "saúde mental" porque "não está se sentindo bem" com as acusações.

A denúncia 

Na última semana, uma carta enviada por amigos de uma mulher ao governo australiano acusava um membro do alto escalão de ter cometido um estupro em 1988. A suposta vítima tinha 16 anos e Porter tinha 17 à época. No ano passado, a mulher cometeu suicídio aos 49 anos e os amigos alegam que o abuso sexual sempre a perturbou. Por isso, resolveram enviar a carta aos líderes políticos. A polícia de Nova Gales do Sul, então, abriu uma investigação formal sobre o caso, mas na terça-feira informou que encerrou a ação "porque não havia provas suficientes para continuar". No entanto, parlamentares estão pedindo o afastamento temporário de Porter para que a investigação seja reaberta e, caso seja inocente, ele retorne para seu posto. Morrison informou que não aceita a demissão porque quer deixar o assunto para a polícia e, depois, tomar alguma decisão se necessário. O escândalo estoura na sequência de outro episódio envolvendo ministros. No início do mês passado, Brittany Higgins, uma ex-assessora da ministra da Defesa, Linda Reynolds, acusou um colega de trabalho de ter sido estuprada dentro do Gabinete em que trabalhavam em 2019.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo