Produtividade da indústria volta a recuar, segundo CNI

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Publicado Quarta, 04 de Maio de 2022 às 11:52, por: CdB

De acordo com o estudo, foi a maior queda anual do indicador da série histórica iniciada em 2000, superando a perda registrada em 2008 (-2,2%), ano da crise financeira global. Foi segundo ano seguido de queda do indicador que mede a relação entre o volume produzido e as horas trabalhadas na produção.

Por Redação - de Brasília
A produtividade do trabalho na indústria em 2021 recuou 4,6%, em comparação com 2020, considerando as séries livres de efeitos sazonais. A informação é do estudo Produtividade na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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A indústria começou o ano com perspectiva idêntica àquela no início da pandemia
De acordo com o estudo, foi a maior queda anual do indicador da série histórica iniciada em 2000, superando a perda registrada em 2008 (-2,2%), ano da crise financeira global. Foi segundo ano seguido de queda do indicador que mede a relação entre o volume produzido e as horas trabalhadas na produção. Em 2021, acrescenta a confederação, houve um aumento de 4,3% no volume produzido e 9,3% nas horas trabalhadas na produção, ou seja, a produção apresentou um crescimento menor.

Mercado

Segundo a CNI, a queda da produtividade os efeitos da segunda onda de covid-19 e as dificuldades enfrentadas para a retomada dos investimentos e da produção. Outro fator que contribuiu para a queda no último ano foi a mudança na composição do mercado de trabalho. — Houve maior crescimento do setor informal frente ao setor formal, o que indica o avanço de ocupações de baixa escolaridade e menor produtividade — disse a gerente de política industrial da CNI, Samantha Cunha. A CNI explica que, no curto prazo, a perspectiva é de baixo crescimento, em patamar semelhante aos anteriores à crise sanitária. Em 2018 e 2019, a produtividade na indústria ficou abaixo de 1%.  — No longo prazo, pode haver um aumento sustentado da produtividade com as oportunidades relacionadas às tecnologias da indústria 4.0 e ao desenvolvimento do 5G, se houver investimentos em inovação — concluiu.
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