O programa que o PT levou ao ar na noite desta quinta-feira comemora o fim dos acordos com o Fundo Monetário Internacional e vê como “amadurecimento” a sua manutenção nos dois primeiros anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva .
“Sair do FMI foi uma vitória política e histórica… Quantas vezes no passado nós fomos para as ruas contra o FMI. Claro, o PT nas ruas e no governo amadureceu junto com o Brasil”, afirma o presidente do partido, José Genoino, no programa, apresentando previamente à imprensa.
“Se antes nós achávamos que deveríamos romper com o FMI unilateralmente, hoje nós sabemos que não seria bom para o Brasil… De forma planejada, saímos do FMI pela porta da frente”, explica ainda.
Marcelo Sereno, secretário de Comunicação do partido, negou que a inserção deste tema no programa fosse para justificar as negociações do governo Lula com o Fundo após anos de crítica ferrenha.
“(O acordo) era necessário pela crise que o governo herdou, de falta de crédito. Fernando Henrique Cardoso não fez outra coisa do que renovar com o FMI”, cutucou.
O programa, que vai ar no rádio às 20h e na TV às 20h30, terá como única estrela o presidente da sigla, José Genoino.
O presidente Lula aparece apenas em imagens de sua posse. Ministros como José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci (Fazenda), que já frequentaram programas anteriores, também ficaram de fora.
“Optamos por fazer um programa que focasse no partido”, tentou justificou Sereno.
O programa apresenta ações sociais do governo, sem mencionar o principal deles, o Bolsa Família. E o principal exemplo de mudança –mote da campanha presidencial de Lula – se refere ao programa de Petrobras de priorizar compras no mercado interno.