Proibido queimadas em Mato Grosso

Arquivado em:
Publicado Segunda, 14 de Julho de 2003 às 23:00, por: CdB

Começa nesta terça-feira e se estende até 15 de setembro o período de proibição de queimadas em Mato Grosso. O estado, que vem ocupando o posto de campeão nacional em número de focos incêndios há uma década, este ano está montando uma grande estrutura de fiscalização, talvez a maior já vista.

A partir deste dia estarão espalhados por todas as regiões centenas de homens e equipamentos prontos para agir orientando ou punindo aqueles que desrespeitarem a legislação. Pelas contas do secretário de Meio Ambiente, Moacir Pires, serão cerca de mil homens entre fiscais do Ibama, Fema, policiais do Corpo de Bombeiros e da Florestal, brigadistas das prefeituras; cinco helicópteros, centenas de carros e 12 barcos.

Segunda, pela manhã, o governador Blairo Maggi assinou decreto criando o Comitê Estadual de Prevenção, Controle e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais e a carta que está sendo enviada aos produtores rurais em que informa sobre as implicações legais e pede apoio para a preservação ambiental.

Representando o Ibama, assinou o documento Romildo Gonçalves, chefe do Prevfogo. O comitê tem a função de elaborar, discutir, incrementar e executar o Programa Estadual de Prevenção, Controle e Combate às Queimadas, e envolve dezenas de órgãos como Ibama, Fema, Intermat, Funai, Incra, e Empaer, Fetagri(Federação dos Agricultores) e Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit).

Como em 1998 um comitê com a mesma função foi criado e não funcionou no estado, o atual teria sido reformulado e todos os órgãos envolvidos chamados à responsabilidade.

- Sozinho o governo não tem condições de fiscalizar - reclamou Blairo Maggi.

Daí, segundo ele, a importância de mostrar que as instituições, públicas ou não, e a sociedade devem exigir o respeito à legislação para que todos sintam a melhoria da qualidade do ar.
Sempre muito pesado por causa da fumaça espalhada pelas queimadas nessa época do ano.
Maggi não acredita que Mato Grosso perca o posto de campeão porque continuará tendo problemas sérios nos assentamentos, mas acha que perceberá melhoras, já que nos últimos três anos registrou pouco mais de 34 mil focos, sendo 8.606 em 2000, 10.294 em 2001 e 15.183 em 2002.

Mas para o governador o termômetro de que as queimadas reduziram será o aeroporto Marechal Rondon. "Se não precisar suspender nenhum vôo por causa da fumaça é porque nosso trabalho deu bons resultados", observou.

Tanto o governador como o secretário de Meio Ambiente e outras autoridades da área ambiental atribuíram a responsabilidade sobre a maioria dos focos aos assentamentos rurais. Segundo Maggi, nas culturas modernas como de soja, milho, algodão, arroz e milho há muito tempo os produtores não usam o fogo na limpeza ou preparo do solo. "Usa a tecnologia. É tudo mecanizado", disse.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo