Dirigentes do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), vinculado ao Ministério da Saúde, e representantes da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, reúnem-se nesta quinta-feira para agilizar o projeto Rio Orto, que busca a capacitação dos hospitais da capital para cirurgias ortopédicas. O objetivo do projeto é reduzir a fila de espera no Into, hoje em torno de cinco mil pessoas.
O chefe do Setor de Trauma do Instituto, João Matheus, futuro presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia, disse que o objetivo é fazer uma rede de hospitais que permita aos pacientes identificar os locais onde podem ter suas fraturas ou lesões ortopédicas melhor atendidas, a partir da normatização do atendimento ortopédico.
Essa rede, formada por hospitais de perfis especializados, propiciará que os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam melhor empregados, refletindo na fila de espera, disse Matheus. Ele acrescentou que a estimativa é de que o projeto Rio Orto reduza a atual sobrecarga de cirurgias do Into à metade no curto e médio prazos.
O Instituto e a Secretaria estão montando um grupo de trabalho para desenvolver um trabalho conjunto com todos os hospitais do Rio de Janeiro, em uma etapa inicial. A meta é estender a rede aos 91 municípios fluminenses em uma fase posterior, uma vez que muitos pacientes na fila de espera do Into vêm de outras cidades e mesmo de outros Estados, afirmou João Matheus.
Segundo revelou o chefe do Setor de Trauma do Into, as principais filas no Instituto são para cirurgias de quadril, com duas mil pessoas na fila de espera, joelho e coluna. As reuniões do Rio Orto entre representantes do Into e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro ocorrem semanalmente.