A Promotoria afirmou no dia 12 de outubro suspeitar que o ex-secretário-geral banido da Fifa Jérôme Valcke teria aceitado “vantagens ilícitas” de Al-Khelaif
Por Redação, com Reuters – de Berna:
Promotores suíços interrogaram nesta quarta-feira o presidente do Paris Saint-Germain e CEO do grupo de comunicação do Catar beIN Media, Nasser Al-Khelaifi, como parte de uma investigação criminal sobre acordos de transmissão da Copa do Mundo.
A Promotoria afirmou no dia 12 de outubro suspeitar que o ex-secretário-geral banido da Fifa Jérôme Valcke teria aceitado “vantagens ilícitas” de Al-Khelaifi em troca da concessão dos direitos de transmissão das partidos dos Mundiais de 2026 e 2030.
Valcke, que era responsável pela gestão cotidiana da federação internacional; também está sob investigação. Nenhum dos dois foi acusado e ambos negam ter cometido qualquer infração. A BeIN Media negou todas as alegações e disse estar cooperando com as autoridades.
Valcke foi banido por 10 anos do futebol após ter sido considerado culpado pelo ex-juiz de ética da Fifa Hans-Joachim Eckert de má conduta em relação a venda de ingressos da Copa do Mundo; abuso de gastos de viagem, tentativa de vender direitos de TV abaixo do valor de mercado e destruição de provas.
Neymar é multado
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região aplicou multa de R$ 3,8 milhões ao atacante Neymar; seus pais e empresas da família pelo que considerou ser conduta de “má-fé” pela apresentação de recursos com objetivo protelatório, em uma ação sobre suspeita de fraude fiscal na qual o jogador e familiares tiveram cerca de R$ 190 milhões em bens bloqueados.
Segundo o desembargador Carlos Muta, do TRF, a conduta de Neymar e seus representantes caracteriza “litigância de má-fé”; e “ato atentatório à dignidade da Justiça” devido aos embargos de declaração apresentados; que foram rejeitados, informou o tribunal. O valor da multa foi determinado em 2 % do valor da causa.
Procurada, a assessoria de Neymar não tinha um posicionamento imediato e disse estar consultando advogados sobre a decisão do TRF.
O processo
O processo diz respeito a uma suposta sonegação de impostos por parte de Neymar e de suas empresas entre 2011 e 2013; em que o jogador teve R$ 189 milhões bloqueados pela Justiça.
Inicialmente a ação cobrava R$ 63,5 milhões em imposto de renda devido; e outros R$ 125,3 milhões em multas e juros, totalizando um pagamento exigido de R$ 188,8 milhões. Mas o valor foi reajustado para R$ 192,7 milhões atualmente.
O jogador é acusado de omitir rendimentos de fontes situadas no exterior, como valores pagos pelo Barcelona ao Santos para sua contratação, finalizada em 2013.
A defesa do jogador alega que a empresa Neymar Sport e Marketing (NR Sports) é detentora exclusiva dos direitos de imagem do atleta desde 2006, e que o atacante não é sócio de nenhuma das empresas e, portanto, não pode declarar sobre o que não se apropria.