O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ahmed Qorei, acusou Israel neste sábado de prosseguir com “sua política de assassinatos contra combatentes palestinos” e de torpedear, desta maneira, o processo para o restabelecimento da normalidade e da calma na Cisjordânia e na Faixa de Gaza depois da morte de Yasser Arafat.
Qorei (Abu Alá), que fez suas declarações no começo da reunião semanal do gabinete nacional, se referia à morte ocorrida ontem em Jenin, na Cisjordânia, de Mahmud Kmel, um líder da Jihad Islâmica que não quis se render quando era detido pelo exército israelense, que o procurava por envolvimento em diversos ataques, inclusive suicidas, segundo fontes militares israelenses.
O primeiro-ministro palestino disse que esta e outras operações realizadas nos últimos dias, sobretudo na cidade de Rafah, são “lamentáveis”. Ainda segundo ele, “a mensagem (de Israel) parece ser a de que não quer a calma nem voltar a canalizar o processo de paz”.
Depois da morte de Arafat, em novembro, Abu Alá e o candidato presidencial do movimento Al Fatah para as eleições presidenciais do dia 9 de janeiro, Mahmoud Abbas (Abu Mazen), começaram uma campanha entre as facções da resistência armada contra a ocupação israelense para que aceitem uma trégua.
Efetivos militares de Israel detiveram esta madrugada, em diversos pontos da Cisjordânia, 14 militantes da resistência, entre eles um líder da Jihad Islâmica na cidade de Tulkarem, procurado pelos órgãos de segurança de Israel.