Na comparação com junho do ano passado, a queda chegou a 24,1%. Com os resultado, a intenção de consumo chegou a 69,3 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, o menor patamar desde julho de 2016.
Por Redação - de Brasília
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 14,4% na passagem de maio para junho deste ano, a terceira retração mensal consecutiva. Essa foi a maior queda do indicador na pesquisa nacional, iniciada em janeiro de 2010.
Na comparação com junho do ano passado, a queda chegou a 24,1%. Com os resultado, a intenção de consumo chegou a 69,3 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, o menor patamar desde julho de 2016.
Segundo a CNC, o índice está abaixo do nível de satisfação, que é de 100 pontos ou mais, desde 2015. Na comparação com maio, os sete componentes do indicador tiveram queda, com destaque para o momento para a compra de bens duráveis (-23%) e para a perspectiva profissional (-19,7%).
Recessão
Em linha com o temor das famílias brasileiras em elevar o consumo, o Brasil entrou em recessão a partir do primeiro trimestre deste ano. A informação é do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Já sob efeitos da pandemia de covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre registrou baixa de 1,5% ante os três últimos meses de 2019, conforme os dados das Contas Nacionais Trimestrais, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há um mês.
Os economistas que formam o comitê se reuniram na última sexta-feira e concluíram que o ciclo de negócios brasileiro atingiu um pico de expansão no quarto trimestre de 2019, o que “sinaliza a entrada do país em uma recessão a partir do primeiro trimestre de 2020”. Com isso, o ciclo de expansão anterior à atual recessão durou 12 trimestres, do primeiro trimestre de 2017 ao quarto trimestre de 2019, conclui o comunicado do Codace.