Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
Um total de 380 atletas de 55 países participam, a partir deste sábado, da Regata Internacional de Vela, segundo evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos de 2016. As competições deste sábado começaram às 13h e seguem até o próximo dia 22, na Baía de Guanabara, nesta capital.
As modalidades RS:X para homens, RS:X para mulheres, laser (masculino) e laser radial (feminino) iniciaram a competição neste sábado. Os atletas vão velejar nas raias da Ponte Rio-Niterói e da Escola Naval. A partir de amanhã, também haverá regatas 470 masculino, 470 feminino, 49er (masculino), 49er FX (feminino), Finn (masculino) e Nacra 17 (em que a dupla é formada por um homem e uma mulher).
No total, o evento tem seis raias. Além da Ponte e da Escola Naval, há as raias do Pão de Açúcar, de Niterói, Copacabana e da Ilha do Pai (na entrada da baía).
O espanhol Iker Martinez, da classe Nacra 17, disse que vai aproveitar o evento-teste para conhecer a Baía de Guanabara. “Já estamos há várias semanas treinando dentro e fora da baía. A baía é espetacular, creio que seja uma das mais bonitas do mundo, mas às vezes é muito difícil, porque há muitas correntes”, disse o atleta europeu.
Mas, apesar de elogiar a beleza do cenário, Martinez se mostrou preocupado com a qualidade da água, pois a baía recebe esgoto não tratado de vários municípios próximos. “Sem dúvida, a água poderia estar mais limpa. Eu me preocupo que a baía tenha uma boa saúde. Como velejador, me preocupa o meio ambiente. Há gente que ficou doente, não sei se é por causa da água ou por causa da comida. Não sou especialista e não posso julgar. A mim, pessoalmente, gostaria que a água estivesse mais limpa.”
Outro atleta da Nacra 17, o neozelandês Jason Saunders disse que também gostaria que a água estivesse mais limpa, mas afirmou que a qualidade da água não tirará seu foco da competição. “A gente veio aqui para competir e não podemos mudar a situação [da baía]. Então, vamos até lá, dar o melhor da gente, nas condições que nos são oferecidas.”
Já a americana Sarah Newberry, da mesma modalidade, disse não ter nada a reclamar da Baía de Guanabara. “Cada raia é totalmente diferente das demais. A condição da água está boa. Não tivemos nenhum problema até agora. Até o momento ninguém ficou doente. Sinto que fizemos o melhor na nossa preparação para estar aqui e vamos nos focar em fazer bem o nosso papel.”
Segundo o secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa, em todas as raias, as águas estão dentro de padrões aceitáveis.
– Está tudo muito bem e não há qualquer informação sobre a interferência de resíduos (sólidos flutuantes). As coisas caminham muito bem – afirmou.