A atriz Regina Duarte agradeceu ao presidente por nomeá-la para a cinemateca, ao deixar o cargo no qual permaneceu por 78 dias. Duarte foi nomeada após a demissão de Roberto Alvim, que parafraseou trechos de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista.
Por Redação - de Brasília
A atriz Regina Duarte pediu para deixar a Secretaria de Cultura do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e assumirá a direção da Cinemateca de São Paulo. Ela própria anunciou a mudança de cargo, em um vídeo ao lado do presidente, nesta quarta-feira, pelas redes sociais.
“Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o governo e a cultura brasileira, assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias”, escreveu Bolsonaro na publicação com o vídeo.
Esmola
No vídeo, a atriz agradece ao presidente por nomeá-la para a cinemateca. Ela disse que sente a falta dos filhos e dos netos, ao justificar a saída do cargo, no qual permaneceu por 78 dias. Duarte foi nomeada após a demissão de Roberto Alvim, que divulgou um vídeo no qual parafraseou trechos de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista.
Segundo o ex-deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), a atriz Regina Duarte teve a sua "biografia destruída por nada". O parlamentar fez a postagem no Twitter após Jair Bolsonaro anunciar a demissão da artista.
"Regina Duarte sai da Secretaria de Cultura do mesmo jeito que entrou. Inexpressiva. Pior: inoperante, usada como fantoche. Que legado deixou? Nenhum. Para não perder a boquinha no governo neofascista aceitou a Cinemateca de SP como esmola. Biografia destruída por nada", escreveu o parlamentar no Twitter.