Reinfecções por covid podem acontecer com 20 dias de intervalo, diz estudo

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Publicado Sexta, 17 de Junho de 2022 às 08:30, por: CdB

A pesquisa usou amostras de mais de 1,8 milhão de casos de covid-19 no país entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. Dentre esses casos, foram selecionados indivíduos com duas amostras positivas, com intervalo de 20 a 60 dias entre as infecções. 

Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro

A reinfecção pela variante Ômicron do coronavírus acontece de forma mais rápida do que pelas primeiras cepas. Essa é a conclusão de um estudo realizado na Dinamarca, publicado na forma de preprint, ou seja, ainda sem a revisão de outros pesquisadores. Reinfecções foram identificadas com intervalos a partir de 20 dias.
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Vacinação e uso de máscaras de boa qualidade são fundamentais para diminuir o risco de reinfecção pela covid-19
De um total de 187 casos de reinfecção, os pesquisadores conseguiram 67 com amostras de boa qualidade para o sequenciamento do vírus. Foram identificados 47 casos em que a mesma pessoa foi infectada pelas duas subvariantes dominantes da Ômicron naquele momento, BA.1 e BA.2. Isso aconteceu especialmente em indivíduos não vacinados com idades entre 6 e 29 anos. A pesquisa usou amostras de mais de 1,8 milhão de casos de covid-19 no país entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. Dentre esses casos, foram selecionados indivíduos com duas amostras positivas, com intervalo de 20 a 60 dias entre as infecções. – A Ômicron gera uma memória imunológica muito pior do que as variantes anteriores, o que aumenta muito as chances de reinfecção – afirma Airton Pereira e Silva, doutor em patologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). – Os estudos vêm mostrando que, após as 3 doses da vacina, as pessoas apresentam altas taxas de anticorpos específicos, independente de terem tido covid previamente ou não – afirma Silva. As vacinas conferem, portanto, uma proteção fundamental contra as reinfecções.

Ômicron

Para ele, a mensagem mais importante é que a Ômicron mudou a situação das reinfecções. "Antes, elas eram raras e aconteciam após meses da resolução da doença. Agora vemos que o risco de reinfecção é maior e muito antes do esperado”, afirma Silva. – No Brasil, estamos vendo um expressivo aumento de casos, justamente pelas subvariantes que têm mais chance de causar reinfecção – completa. Por isso, é importante manter o uso de máscaras, preferencialmente PFF2, em ambientes fechados ou abertos com aglomeração.
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