Reino Unido frustrou plano do EI para matar May em residência oficial

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Publicado Quarta, 06 de Dezembro de 2017 às 09:52, por: CdB

Serviços de polícia e segurança acreditam que os organizadores do atentado planejavam lançar um dispositivo explosivo improvisado na Downing Street

Por Redação, com Reuters - de Londres:

O Reino Unido frustrou um plano do Estado Islâmico para assassinar a primeira-ministra britânica, Theresa May, com uma bomba em sua residência oficial, relatou o canal Sky News, citando fontes não identificadas.

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Primeira-ministra britânica, Theresa May, deixa residência oficial em Londres

Serviços de polícia e segurança acreditam que os organizadores do atentado planejavam lançar um dispositivo explosivo improvisado na Downing Street; onde a primeira-ministra mora; e então assassinar May no caos subsequente, afirmou a Sky.

O plano era tão sério que o diretor geral do MI5, a agência de segurança interna do Reino Unido; informou ministros do gabinete sobre a estratégia.

A Sky disse que o plano foi evitado com a prisão, na semana passada, de dois homens pela polícia.

Um porta-voz da Downing Street se recusou a comentar a informação de imediato.

Não haverá acordo do Brexit nesta semana

Não haverá um acordo do Brexit nesta semana e as esperanças de que a primeira-ministra britânica, Theresa May; retornará a Bruxelas na quinta-feira estão desaparecendo rapidamente em Londres, disse o editor de política do jornal The Sun no Twitter.

O editor Tom Newton Dunn citou uma fonte do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), que sustenta o governo de minoria de May, que teria dito: “Sem acordo esta semana.”

Premiê britânica enfrenta pressão

Algumas horas após o acordo do Brexit ter desmoronado, a primeira-ministra britânica, Theresa May; ficou sob pressão nesta terça-feira de partidos da oposição e mesmo de alguns aliados para suavizar o divórcio com a União Europeia com a manutenção do Reino Unido no mercado único e na união aduaneira após o Brexit.

Ministros de May disseram estar confiantes de que garantirão em breve um acordo de saída; ainda que oponentes tenham repreendido May por um dia caótico em Bruxelas, que viu uma tentativa coreografada de mostrar o progresso das negociações do Brexit entrar em colapso no último minuto.

O partido norte-irlandês que apoia o governo minoritário de May afirmou; que viu apenas um esboço do acordo prometendo alinhamento regulatório para ambas as partes da Irlanda no final da manhã de segunda-feira e que havia dito ao governo que isso era inaceitável.

DUP

Em um sinal de quão politicamente precária se tornou o equilíbrio de May em torno do Brexit; o Partido Unionista Democrático (DUP) também disse que havia alertado que não apoiaria seu governo minoritário; a menos que o esboço fosse alterado.

O Partido Trabalhista, de oposição, afirmou que uma forma de o alinhamento da Irlanda do Norte; com a República da Irlanda ser aceitável era todo o Reino Unido ficar no mercado comum e na união aduaneira.

– Que constrangimento, as últimas 24 horas deram um novo significado para a frase ‘coalizão do caos’ – disse o porta-voz trabalhista para o Brexit Keir Starmer ao Parlamento. “Na segunda-feira, a coisa ficou séria: a fantasia encontrou a realidade bruta.”

– A primeira-ministra vai agora repensar suas linhas vermelhas imprudentes e colocar opções tais; como a união aduaneira e o mercado único de volta à mesa de negociação? – perguntou Starmer.

Nicola Sturgeon, líder do governo da Escócia, disse que o fracasso de May pode sinalizar um impulso para manter o Reino Unido no mercado único e na união aduaneira.

Oposição

– Este pode ser o momento para a oposição e para os conservadores moderados remanescentes sobre o Brexit forçarem uma abordagem diferente e menos danosa; manter o Reino Unido no mercado único e na união aduaneira – disse Sturgeon em sua conta do Twitter. “Mas é preciso que o Partido Trabalhista atue em conjunto.”

A líder conservadora escocesa Ruth Davidson, que tem sido apontada como potencial futura líder do partido de May, também sugeriu que May deve considerar manter o Reino Unido tanto no mercado único quanto na união aduaneira.

May tem afirmado repedidamente que o Reino Unido deixará tanto o mercado único quanto a união aduaneira quando terminar sua condição de membro da UE no dia 29 de março de 2019, ainda que tenha pedido por uma parceria econômica personalizada.

David Davis

O ministro do Brexit, David Davis, afirmou que os eleitores escolheram deixar a UE e isso inclui tanto o mercado único quanto a união aduaneira.

Davis afirmou que o governo nunca permitiria que uma parte do Reino Unido permanecesse no mercado único; após o Brexit ainda que tenha permitido que o alinhamento regulatório para a Irlanda do Norte pudesse ser aplicado para todo o Reino Unido.

May, que agora está lutando para discutir um acordo com a UE enquanto mantém o DUP e seu próprio partido sob controle; pode retornar à Bruxelas nesta quarta-feira para continuar as negociações; disse uma autoridade de Downing Street.

 
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