O Reino Unido sofreu uma série de ataques por militantes extremistas do Estado Islâmico. A maioria deles foi coordenada no Google e no Facebook.
Por Redação, com Reuters - de Londres
O Reino Unido pode adotar novos impostos para gigantes da tecnologia como o Google e Facebook. A penalização será levada adiante caso as empresas não façam mais para combater o extremismo online promovido por grupos extremistas; a exemplo do Estado Islâmico. O objetivo do governo britânico é levar as redes sociais a remover materiais com objetivo de radicalizar pessoas ou ajudá-las a preparar ataques; disse o ministro da Segurança do país, Ben Wallace.
Wallace acusou companhias de tecnologia de ficarem felizes em vender dados de pessoas; mas não em doá-los ao governo, que está sendo forçado a gastar muito dinheiro em programas contra radicalização; em vigilância e em outras medidas antiterrorismo.
— Caso elas continuem sendo menos que cooperativas, nós devemos olhar para opções como impostos como uma maneira de incentivá-las ou compensá-las pela falta de ação — disse Wallace ao jornal britânico Sunday Times, em entrevista.
Pufes
Ele acusou as gigantes da tecnologia de colocar lucros próprios antes da segurança pública.
— Nós devemos parar de fingir que porque eles sentam em pufes enquanto usam camisetas eles não são pessoas que lucram sem piedade. Eles irão vender impiedosamente nossos detalhes para empréstimos e empresas de pornografia; mas não irão entregá-los para nosso governo democraticamente eleito — afirmou.
O Reino Unido sofreu uma série de ataques por militantes extremistas islâmicos entre março e junho deste ano. Ao todo mataram 36 pessoas.